A palavra é complicada: prestidigitação. É preciso dobrar a língua para pronunciar corretamente o termo referente à atividade dos prestidigitadores profissionais, ou melhor, ilusionistas que, pela ligeireza das mãos, fazem "sumir" os objetos, abalando nossa crença nos próprios olhos. É uma bola que escapa entre os dedos e vira lenço; ou uma mão vazia que faz surgir um pássaro, aparentemente do nada.
O violinista brasileiro Carmelo de los Santos é um expert no assunto. No dia 12 janeiro, o instrumentista subirá ao palco do Teatro Sesc da Esquina, em Curitiba, para apresentar uma peculiar e inusitada mistura de magia e música. Seu espetáculo voltado às crianças é uma das dezenas de atrações da Oficina de Música de Curitiba, que começa no próximo dia 7 de janeiro.
O evento organiza anualmente, no período de férias escolares, dezenas de cursos e apresentações musicais a preços acessíveis. As aulas são ministradas por gente de gabarito internacional, especializada nos mais diversos estilos musicais. Dessa vez, a oficina também vai celebrar 25 anos de atividades e incluirá na programação uma série de homenagens às pessoas que fizeram parte dessa trajetória o maestro Roberto de Regina e o violinista Paulo Bosísio, entre muitos outros.
A duração da oficina, que habitualmente não passa de duas semanas, foi expandida para 25 dias, em alusão à data comemorativa. O evento terá cinco módulos, incluindo as tradicionais oficinas dedicadas à música erudita e à MPB. A programação de música antiga (ausente na edição passada) será retomada, enquanto, na fase popular, será mentida a oficina de música eletrônica (inaugurada em 2006). O blues ganhará um segmento próprio, sob coordenação de Carlos Gertner.
Convidados
O dia de encerramento da fase de música erudita e antiga promete ser um dos pontos altos do evento. Será uma rara oportunidade para se apreciar a execução de ópera barroca, com trechos das peças Calisto de Georg Friedrich Handel e LIncoronazione di Poppea, de Cláudio Monteverdi. A ópera receberá atenção especial com duas turmas de canto, coordenadas por Marília Vargas e Denise Sartori. No dia também será apresentado o Concerto Dupo para Violino e Violoncelo, de Johannes Brahms, com Piotr Meshvinski, no violoncelo, e Yang Liu, no violino. Liu, uma das presenças mais ilustres da oficina, é reconhecido como o melhor violinista chinês de sua geração. O dia também conta com a apresentação da Orquestra Sinfônica da 25.ª Oficina de Música, sob regência de Osvaldo Ferreira.
Durante a fase erudita, o cravista Nicolau de Figueiredo lançará disco-solo e fará uma apresentação de sonatas para cravo de Domenico Scarlatti. Outro convidado é o violoncelista grego, radicado no Brasil, Dimos Goudaroulis.
Os ingressos custam R$ 10 ou R$ 5 (meia ou mediante doação de um quilo de alimento não-perecível). Parte da programação é gratuita.
Música popular
O Vocal Brasileirão volta a se apresentar na Oficina de Música na cerimônia de inauguração da Oficina de Música Popular, no dia 21 de janeiro, com Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Toquinho e Chico Buarque, entre outros, no repertório. Waltel Branco será homenageado com a apresentação e lançamento do disco da Orquestra à Base de Sopro, no dia 24. A cantora Ana Cascardo e o baixista Glauco Solter também apresentarão discos-solo, enquanto a cantora e compositora Badi Assad, o baterista Endrigo Bettega e o pianista André Mehmari vão integrar o quadro de professores.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano