Horses Hotel, que teve estreia nacional no festival, deixou a desejar. Falando sobre a trajetória de artistas que foram ícones da contracultura sobretudo da relação da cantora Patti Smith com o fotógrafo Robert Mapplethorpe (1946-1989) o espetáculo retratou o universo de forma superficial. A impressão para o espectador foi de que o casal era apenas sonhador e inconsequente, quando o que ocorreu foi o contrário, já que os dois fizeram uma série de renúncias para levar a arte adiante. O acerto foi a trilha sonora tocada ao vivo pelos atores, que poderiam ter se preparado melhor para cantar, principalmente a atriz Ana Kutner.
Um Genet cru e inacabado
Ernesto Vasconcelos/Divulgação
Talvez por seu texto ter sido escrito e ensaiado em apenas 30 dias, a montagem de O Diário de Genet, que fez sua estreia nacional no último sábado, no Teatro Marista, dentro da Mostra 2013, parecia uma obra crua, inacabada. Sob a direção de Djalma Thürler, que também assina o texto, a partir de vários escritos do francês Jean Genet, os atores Duda Woyda e Rafael Medrado, da baiana Ateliê Voador Companhia de Teatro, mostram grande desenvoltura física, mas o texto, irregular, e a encenação, pouco fluida, não decolaram. Mas podem amadurecer, ganhando mais unidade. (PC)
Manacá mostrou força mas pouca invenção
Em uma hora de apresentação, o grupo paulista Manacá, dirigido por Beto Andretta, mostrou números de equilibrismo e trapézio em Matinê Manacá, além de passos de balé clássico, músicas características de países como Argentina, Espanha, Itália, França e Rússia e brincadeiras de palhaço. Em números de equilíbrio e força impressionantes, o público incentivava os oito artistas a se arriscarem ainda mais. Já os números coreografados, e que não exigiam tanta força, não causaram o mesmo impacto. Na saída, o maior problema: o fim da peça coincidiu com o das aulas na Universidade Positivo, e o processo de pagamento do estacionamento (R$ 8) e saída demorou cerca de meia hora. (LC)