Dalton Trevisan e Luis Henrique Pellanda são os destaques de 2009 em âmbito local. Os dois contistas, um veterano e um estreante, narram histórias eróticas (o primeiro) e exuberantes (o segundo).
O Vampiro de Curitiba atacou com Violetas e Pavões (Record) e Pellanda estreou com O Macaco Ornamental (Bertrand Brasil).
Outros destaques foram duas longas narrativas feitas a partir de encomendas, pela Companhia das Letras. O Filho da Mãe e Estive em Lisboa e Lembrei de Você, cada qual de Bernardo Carvalho e Luiz Ruffato, foram dois pontos altos da literatura brasileira este ano.
Mário Sabino publicou A Boca da Verdade (Record), um livro de contos que, com linguagem elaborada e flertes com a filosofia, credencia o autor como uma das vozes originais do país.
Entre os estrangeiros, o clássico infanto-juvenil Onde Vivem os Monstros (foto), de Maurice Sendak, levou mais de quatro décadas para ganhar uma versão brasileira, publicada pela Cosac Naify. Valeu a espera.
Philip Roth, com Indignação, arquitetou um romance inteiro que desemboca na frase final. Centrada na agonia de Marcus Messner, um jovem ferido na Guerra da Coreia, a história trágica fala da aleatoriedade da vida. Um dos grandes livros do ano.
Na coleção Jornalismo Literário, a Companhia das Letras publicouElogiemos os Homens Ilustres, dos americanos James Agee e Walker Evans, uma referência sobre a Depressão nos anos 1930.
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