Principais atividades da 9ª Convenção
Cortejo No sábado (17), às 10 horas, da Rua XV de Novembro até a Praça Santos Andrade, com artistas circenses e do Maracatu
Noite de Gala Também no sábado, às 21 horas, com jantar, espetáculos internacionais e apresentações de artistas inscritos, que concorrem a prêmios em dinheiro.
Oficinas O público em geral pode participar de inúmeras oficinas como argolas, palhaço, malabarismo, corda bamba e arame, pirofagia, acrobacia, trapézio, entre outras.
Debates Serão debatidos temas como a formação de uma Associação de Malabares e de um conselho nacional para organizar o evento do próximo ano.
Espetáculos e competições Os participantes poderão assistir e/ou apresentar espetáculos e participar de competições nas mais diversas modalidade de circo e malabarismo.
Já tem alguns anos que o motorista curitibano assiste com freqüência demonstrações de malabarismo nas esquinas e em sinalieros da cidade, algumas vezes, bem habilidosas.
Os primeiros malabaristas a equilibrar bolas e bastões nas ruas da capital paranaense eram jovens argentinos, que chegavam ao Brasil atraídos pela valorização do peso em relação ao real, antes da crise no país platense. "Era uma forma de ganhar dinheiro para continuar viajando", conta o artista Adrian Pagliano.
De alguma forma, as apresentações de rua estimularam a arte do malabarismo em Curitiba. "As pessoas tinham acesso fácil aos artistas e pediam para aprender", conta Felipe Terner, mais conhecido como palhaço Sarrafo.
Adrian e Felipe fazem parte da Trip Circo, um grupo de artistas de circo e malabaristas que tornou possível a realização da 9.ª Convenção Brasileira de Malabarismo e Circo em Curitiba, que acontece a partir desta quinta-feira (15) até o próximo domingo (18).
A edição a primeira com projeto aprovado pela Funarte vai transformar a Associação Banestado, em Colombo, região metropolitana de Curitiba, em ponto de encontro de amantes das artes circenses do Brasil e do exterior. De artistas de rua e companhias cênicas a iniciantes e curiosos.
Prática democrática
Qualquer um pode participar das atividades da convenção, a julgar pela trajetória de um dos organizadores da convenção, o engenheiro mecatrônico Diogo Cardoso. Ele pratica malabarismo há oito anos. "Por hobby. Raramente me apresento ao público, mas gosto de estudar a técnica a fundo", conta.
O envolvimento de Diogo com o malabarismo prova que a prática é democrática. "É anti-estresse, exercita a concentração, o equilíbrio, a auto-estima e é uma ótima opção de lazer e descontração", enumera o palhaço Sarrafo.
São esperadas cerca de 500 pessoas para participar dos debates, oficinas e espetáculos da programação inclusive, de países vizinhos, como a Argentina. "No Chile, na Argentina e no Uruguai, a prática do malabarismo ainda é bem mais forte", conta Adrian Pagliano, argentino, radicado no Brasil.
Uma vez por mês a Trip Circo apresenta espetáculos de graça em sua sede (à Rua Brasília Itiberê, 1.115 Rebouças). "Aí, passamos o chapéu", diz Felipe Ternes. Para ele, o gesto tradicional deve ser mantido como uma forma de sobrevivência dos espetáculos de rua que não têm verba pública. "Em outros países, os artistas sobrevivem das apresentações que fazem em praças e parques. Aqui, as pessoas acham que estamos pedindo esmola, é preciso mudar essa cultura", opina Pagliano.
Por isso, não se assuste de encontrar um número maior de malabares pela capital, nos próximos dias.
Confira a programação de lazer no Guias e Roteiros
Serviço: 9.ª Convenção Brasileira de Malabarismo e Circo. De 15 a 18 de novembro. Associação Banestado Sede Campestre (Rua Antonio Chemin, 28 - Roça Grande Colombo) Tel.: 3621-3388. Informações e inscrições no site www.9cbmc.com.br.
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