Serviço
Conversando na Cozinha Encontro de Coletivos
Galeria Subsolo (Av. Iguaçu, 2.481 Água Verde), (41) 3019-8701. Hoje e amanhã, às 16 horas. Entrada franca. A mostra documental pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 14 às 20 horas, e sábado, das 11 às 18 horas. Até 20 de dezembro.
Resgatar a mesa posta em casa, onde o pão era caseiro e o papo durava por todo o domingo, e, ao mesmo tempo, falar do que é e do que foi a arte. Essa é a proposta dos artistas do Coletivo Belos 70, que se reúnem hoje e amanhã na Galeria Subsolo para o Conversando na Cozinha Encontro de Coletivos, às 16 horas, com entrada franca.
A ideia de reunir e recontar a história dessa turma (os artistas Rossana Guimarães, Selma Oliveira, Sergio Moura e Telma Serur e o arquiteto Rogério Guiraud), todos oriundos da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap) surgiu após o reencontro de ex-alunos da universidade alguns deles não mantinham contato frequente por quase 30 anos. Outra intenção é relatar o que os integrantes "aprontaram" na época. "Os artistas mais recentes desconhecem alguns movimentos artísticos, por isso, queremos contar para essa nova geração o que a gente fez", salienta Sergio Moura.
Entre os feitos do grupo e de outros artistas do período, estiveram a busca por espaços mais significativos para as exposições (eles pleitearam locais públicos da Fundação Cultural para mostras), além da rica produção dentro do Centro de Criatividade. "Nossa ação política foi abrir espaço para a arte contemporânea", salienta Rossana. Além disso, o grupo traz uma vivência que deve ser compartilhada: dos anos conturbados no Brasil pela ditadura militar, da influência da contracultura e a identificação com artistas como Hélio Oiticica e Lygia Clark. "Apesar de tudo, tínhamos a possibilidade de liberdade e contestação. E essa troca com as pessoas é extremamente importante", crê Telma.
Saudades
Fotografias do grupo e outros documentos também estarão expostos na galeria. Em uma das fotos, integrantes do Belos 70 e outros artistas e estudantes posam para o registro em frente a um velho ônibus que os levou para uma das edições da Bienal de São Paulo, em 1977. "Minha mãe morava lá e ficamos em um porão que ela tinha arrumado na casa dela, todo mundo em sacos de dormir", relembra Selma Oliveira.
Além do coletivo, os debates terão a presença dos professores da Embap, Deborah Bruel e José Eliézer Mikosz, da curadora e professora da Faculdade de Artes do Paraná, Denise Bandeira, do curador e professor da UFPR, Paulo Reis, e do artista plástico Fernando Rosenbaum. No domingo, o público poderá assistir a performances artísticas e vídeos como Encontro, ação informal do coletivo. Durante o evento e até o término da mostra será projetado Adalice Araújo nas Lentes do ArtiXX, registro sobre a crítica que morreu em outubro.
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