Joinville Há seis dias respirando dança, a cidade catarinense de Joinville recebe hoje um dos mais representativos nomes da dança contemporânea mundial. Como atração de sua chamada Noite de Gala, o 24.º Festival de Dança de Joinville, que teve início no último dia 19 e segue até o próximo sábado, sedia a primeira apresentação do grupo nova-iorquino Parsons Dance Company. No Brasil com a turnê Some Like It Hot, o grupo ainda passa por mais sete cidades, incluindo Curitiba, no dia 8 de agosto, em uma única sessão no Guairão.
A platéia que comparecer logo mais, às 20 horas, na arena do Centreventos Cau Hansen espécie de ginásio que está sendo utilizado como palco central da mostra competitiva do evento poderá conferir seis dos mais recentes trabalhos da companhia, que vem ao Brasil pela terceira vez. "Nós amamos o Brasil. Acabamos de voltar da Itália e eu percebi que estes são nossos dois países favoritos. Eu adoro as culturas italiana e brasileira e acho que há muitas semelhanças entre elas", conta o coreógrafo David Parsons, em entrevista ao Caderno G.
Coreografias
Fundada em 1987 por Parsons e o iluminador Howell Binkley, a Parsons Dance Company possui mais de 70 obras em seu repertório entre elas, coreografias musicadas pelo mineiro Milton Nascimento , acumulando mais de 1,5 mil apresentações ao redor do mundo. Atualmente formada por nove bailarinos fixos, a companhia traz na bagagem um espetáculo fortemente marcado pela música as peças são coreografadas a partir de canções de Mozart, Kenji Bunch, Dave Matthews Band e Earth, Wind & Fire e pelo impacto visual, causado pelos figurinos modernos e pela "musa inspiradora" de Parsons: a luz. "Não usamos cenários ou grandes aparatos, apenas os corpos. É um grande desafio. Por isso, conto com a luz como minha amiga e minha inspiração", explica.
Divididos em dois atos, os espetáculos da turnê Some Like It Hot contam com seis coreografias. A primeira, intitulada "Wolfgang", é uma homenagem de Parsons ao aniversário de 250 anos de Wolfgang Amadeus Mozart, em que, ao som da obra do compositor austríaco, os bailarinos revezam-se entre movimentos típicos da dança moderna, com toques do tradicional balé clássico. Em seguida, o coreógrafo presta tributo ao hábito italiano e brasileiro de falar com as mãos, na peça "Hand Dance". Neste momento, o espectador vê apenas dez mãos no palco, interpretando movimentos conhecidos e utilizados em conversas cotidianas. Fechando o primeiro ato, "In the End" é, segundo Parsons, um trabalho de cunho político, em que ele aborda a utilização do medo pelos políticos e governantes, como uma ferramenta de manipulação. A trilha sonora fica por conta de canções de Dave Matthews Band.
O segundo ato é composto pelos trabalhos "Slow Dance", "Caught" e "Shining Star", esta última definida por Parsons como uma "festa do amor". Composta pelo veterano grupo de funk e soul, Earth, Wind & Fire, a trilha sonora promete fazer dançar até o espectador mais recatado, que deve sair do auditório encantado pelo espírito positivo da peça. "É uma festa que celebra o amor de um casal apaixonado e o sentimento deles infecta a platéia. É um momento muito bonito, emocionante e tocante", define.
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