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Waltel Branco nasceu em Paranaguá em 1929 e hoje reside em Curitiba. Tem mais de 20 discos autorais e participação como instrumentista, regente ou arranjador em álbuns importantes da música brasileira e internacional. O maestro atuou no Brasil, Cuba, Estados Unidos, Espanha e Itália. Entre os artistas com quem trabalhou estão Quincy Jones, Henry Mancini, Elizeth Cardoso e Tim Maia.
Branco foi arranjador do clássico álbum Chega de Saudade, de João Gilberto, lançado em 1959. Em 2012 recebeu da Universidade Federal do Paraná (UFPR) o título de Doutor Honoris Causa em reconhecimento à vida dedicada à música.
R$ 850 mil é quanto a Fundação Cultural de Curitiba vai gastar na produção desta Corrente Cultural. Cerca de R$ 550 mil de investimento direto do orçamento da entidade na estrutura do evento e outros R$ 300 mil em editais para pagamento do cachê dos artistas.
Apostando em nomes de peso do cenário nacional e em dar um espaço maior para artistas locais, a Corrente Cultural 2013 anunciou ontem a sua programação (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
O destaque maior desta quinta edição da maratona cultural é a homenagem ao maestro Waltel Branco, um dos músicos mais importantes da história do país, que, além de dar nome ao evento, terá sua obra musical reverenciada em shows especiais.
O evento começa no dia 3 de novembro, com cerca de 300 atrações espalhadas em 70 espaços da cidade (ruas, praças, terminais, estações tubo, museus e teatros).
O auge da programação, no entanto, está concentrado nos dias 9 e 10, nos oito palcos principais. Nesses espaços, serão cerca de 70 atrações musicais, como Lenine, Criolo, Martinho da Vila, Moraes Moreira, Gaby Amarantos e Guilherme Arantes.
Outro destaque é o show do cantor e ator Alexandre Nero acompanhado pela Orquestra à Base de Sopro cantando o repertório do poeta Vinicius de Moraes. Outros nomes locais confirmados são a rapper Karol Conka, as bandas Poléxia e Esperanza e o cantor Tiago Iorc.
Prata da casa
A edição deste ano traz algumas novidades. Além da homenagem a Waltel e da mudança do nome de Virada para Corrente Cultural, as apresentações não vão ocorrer mais durante a madrugada e se encerram à 1 hora, para evitar episódios violentos, como os que ocorreram em São Paulo em maio.
Para o superintendente da FCC, Igor Cordeiro, responsável pela programação artística, a grande inovação do festival é a presença maior de artistas locais. "Curitiba tem grandes artistas e uma forte identidade cultural. Precisamos é nos ver no espelho", disse.
Para tanto, a FCC abriu um edital para a seleção de bandas e artistas com base em Curitiba, iniciantes ou com carreira consolidada. Cordeiro conta que aproximadamente 240 projetos foram inscritos. "Ao todo, entre os artistas que se inscreveram no edital e outros escalados em outros palcos, serão mais de 50 artistas locais das mais variadas vertentes."
Centro
A edição da Corrente Cultural deste ano não prevê grandes eventos nos bairros, como aconteceu em outras edições. Segundo Marcos Cordiolli, a "descentralização não avançou", pois uma série de eventos parecidos com a corrente está sendo programada para acontecer nos bairros de Curitiba, durante a Copa do Mundo no ano que vem.
Cordiolli também afirmou que a realização do evento na região central serve para atrair a população para ocupar o centro da cidade.
"Queremos que a Corrente vá além de uma programação musical e seja o carro-chefe da revitalização cultural do centro da cidade", afirmou. A FCC estima que um público de mais de 200 mil pessoas deve acompanhar as apresentações da Corrente Cultural.
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