Em Carros 2, a Pixar conseguiu acertar novamente. Não só criou uma animação caprichada e sofisticada, mas também um roteiro engenhoso, que combina filmes de ação e uma trama de espionagem internacional que poderia muito bem ser interpretada por humanos mas aqui são carros, aviões, caminhões e, especialmente, um guincho chamado Tom Mate.
Lançado em 2006, Carros, talvez o filme menos celebrado do catálogo da Pixar, ganha uma sequência superior ao original. O primeiro filme se concentrava numa nostalgia bastante americana, com símbolos e referências à cultura e tradições dos Estados Unidos, nem sempre identificadas e compreendidas fora de suas fronteiras. No caso do novo filme, seu codiretor, John Lasseter (Toy Story 2, Vida de Inseto), expande os horizontes e transforma a ação digna de um filme de James Bond, com cenas em Tóquio, Paris, Londres e, claro, na terra natal dos personagens, Radiator Springs, no interior dos EUA, onde Mate, com seu jeito simples e ingênuo, vive de guinchar carros quebrados e exibir suas ferrugens e batidas, lembranças de momentos alegres de sua vida.
Ao contrário dele, Relâmpago McQueen, campeão de corridas, não apresenta um risco em sua lataria, e seu motor é poderoso. Essa diferença não impede que sejam grandes amigos, nem que o piloto leve Mate para um campeonato para o qual foi desafiado. A equipe, que inclui uma Kombi hippie e um par de italianos, vai para o Japão, onde participam da primeira prova.
O campeonato automobilístico cruza com a trama de espionagem, quando o próprio Mate é confundido com um espião disfarçado, com quem Finn McMíssil e Holley Caixadibrita devem trabalhar. A trama, claro, vai envolver uma série de mal-entendidos, perseguições e vilões assustadores. Já McQueen deve lidar com um carro italiano arrogante, que garante que irá vencer o Grande Prêmio.
Talvez só quando for lançado em DVD será possível apreciar toda a sofisticação criativa de Carros 2. Percebe-se desde já, especialmente nas exibições em 3D, a excelência dos detalhes, nas cenas de corrida e na criatividade do roteiro, que é capaz de tirar humor de situações banais como a ida de Mate a um banheiro no Japão onde tudo é automatizado, ou quando ele confunde o tempero wasabi com sorvete de pistache.
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