O friozinho curitibano não espantou os "modelitos" country - shorts, botas e franjas na noite deste sábado (5) na 7ª edição do Country Festival, em Curitiba. E foi ao som de "pada, pada, pada" que a dupla Munhoz e Mariano abriu o evento com a música Pantera Cor-de-Rosa.
Confira a entrevista com a dupla Munhoz e Mariano.
Mesmo com uma hora de atraso, o público não desistiu e, depois do início do show, permaneceu por mais oito horas com Luan Santana, Chitãozinho e Xororó, Ivete Sangalo e Cristiano Araújo, no palco principal. Nos intervalos das apresentações, era possível prestigiar outros artistas em palcos na área vip, camarote, backstage e também em um trio elétrico dentro da pista.
Um dos shows mais esperados era do ídolo adolescente Luan Santana que pareceu competir apenas com a expectativa por Ivete Sangalo. Embaladas por "Um brinde ao nosso amor" e "Sinal disfarçado" algumas fãs invadiram o palco. Uma delas teve sorte e foi convidada para dançar o "Lepo, lepo" com o cantor. Por sinal, o sucesso do carnaval de 2014 compôs o repertório de quase todas as atrações do festival.
A pista se transformou em um bailão romântico quando foram tocados clássicos de Chitãozinho e Xororó, com destaque para a canção "Evidências", a mais aplaudida da noite.
A falta de chuva decepcionou os vendedores ambulantes de capas plásticas. Mas, o que causou comentários irritados, comum a grandes eventos, foi o congestionamento de 2,5 km para chegar ao festival e a dificuldade de estacionar o carro. Mas, lá dentro, a bebida gelada e pouca fila nas bilheterias e banheiros compensaram os percalços do caminho e a grande maioria só foi embora depois de ouvir a última apresentação do palco principal, o sertanejo Cristiano Araújo.
Mistura arretada
"Aceleraê. O coração. Hoje é dia de Ivete". E foi mesmo. No meio do sertanejo, a baiana Ivete Sangalo se apresentou pela primeira vez no Country Festival. E a mistura parece ter dado certo: "Disseram que cada artista tem uma hora de show, então vou arrancar o couro de vocês nessa uma hora", disse a cantora, recebida com euforia. Pelo jeito, ela deve estar entre os convidados para os próximos anos.
E entre o mar de mãos, como diz uma das músicas, Ivete levantou o público e foi simpática sem esforço. Entre os presentes, teve quem mobilizou a família a ouvir o melhor do axé, como a secretária curitibana, Rejane Benedetti, de 50 anos, que já havia estado do festival e dessa vez arrastou suas primas, Claudia e Rosangela Lara. "Estamos esperando um ótimo show e antes também queremos ver Munhoz e Mariano", contou Rejane. E teve quem customizou a roupa sertaneja, mas também veio para ver Ivete, como a empresária Priscila Martins, e a analista de negócios Katlyn Ticiane de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais. Imagens do Country FestivalNo camarim
Depois do show, a reportagem da Gazeta do Povo teve acesso ao camarim dos cantores Munhoz e Mariano. Confira a entrevista:
Qual é a sensação de tocar em Curitiba?
Mariano: Muito bacana. Temos uma história inacreditável com Curitiba, viemos pra cá desde o início da carreira para divulgar o trabalho, soltando CDs de mão em mão, e as pessoas gostaram. Boatos dizem que o mercado de Curitiba é um dos mais difíceis do Brasil. Ter nosso trabalho reconhecido aqui é muito bacana, inclusive, um dos nossos primeiros fãs clube é daqui de Curitiba.
Hoje é nossa terceira vez no Country Festival, então isso já é uma vitória, vir três vezes para a cidade, para um evento de tanta credibilidade, dividindo o palco com artistas renomados.
Munhoz: Pra nós é muito gratificante saber do carinho do povo. O público sempre nos respeitou, fomos aceitos com uma emoção diferente e hoje [sábado], antes do show, estávamos ansiosos de como o público estaria, se as pessoas estavam animadas. Quisemos fazer a nossa parte, fazer a "galera" sair do chão. E na hora que subimos não foi diferente. Curitiba é uma cidade que eu acredito demais que pode ser o palco do novo projeto do Munhoz e Mariano, sempre cogitei Curitiba para fazer um DVD.
Qual é a nova música de trabalho da dupla?
Munhoz: Lançamos agora o Copo na Mão, é uma música do terceiro DVD, lançamos no último dia 25 e já está tocando nas rádios do Brasil.
Vocês têm previsão de voltar para Curitiba?
Mariano: Para Curitiba, no final do ano, e, em 29 de julho, em São José dos Pinhais. Sempre que podemos queremos voltar ao Paraná.
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