Cristovão Tezza vence o Jabuti de melhor romance do ano com "O Filho Eterno"| Foto: DANIEL CASTELLANO/GAZETA DO POVO

O escritor Cristovão Tezza venceu o Prêmio Jabuti na categoria romance com "O Filho Eterno". O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (23) na Câmara Brasileira do Livro, em São Paulo. Na segunda colocação ficaram os romances "O Sol se põe em São Paulo", de Bernardo Teixeira Carvalho, e "Antonio", da escritora Beatriz Bracher.

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Na categoria poesia, o vencedor foi Ivan Junqueira, pelo livro "O Outro Lado". Em contos, o primeiro lugar ficou com Vera do Val, por "Histórias do Rio Negro".

Biografia

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Nascido na cidade de Lages, em Santa Catarina, Curitiba, Paraná, passou a ser a casa de Cristovão Tezza nove anos depois de seu nascimento. A cidade foi cenário importante para vários de seus personagens e romances, que fizeram da capital paranaense a sua história.

Tezza integrou aos 16 anos o Centro Capela de Artes Populares, quando estrelou, no mesmo ano, a primeira peça de Denise Stoklos. Posteriormente, fez parte de outros trabalhos no teatro, sempre em Curitiba. O escritor foi aluno do Colégio Estadual do Paraná, e depois seguiu sua formação no o Rio de Janeiro na Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante, temporada que durou apenas sete meses.

O estudo em Letras começou em 1974, aos 22 anos, quando Tezza foi a Portugal e cursou a Universidade de Coimbra. Em 1984, foi a Florianópolis lecionar Língua Portuguesa na UFSC. Em 1986, voltou a Curitiba, onde começou a dar aulas na UFPR.

Em sua carreira literária, Tezza publicou em 1988 o romance "Trapo", que ficou conhecido nacionalmente. "Aventuras Provisórias", "Juliano Pavollini", "A Suavidade do vento" e "Uma Noite em Curitiba" também figuram entre suas publicações, sendo que recebeu o Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional em 1998 com o romance "Breve Espaço entre Cor e Sombra" como melhor romance do ano.

Além de seus romances, Tezza também fez sua participação na área acadêmica, na qual publicou não só a sua tese de doutorado, mas também livros didáticos em parceria com o lingüista Carlos Alberto Faraco. Nos últimos anos, publicou eventualmente resenhas e textos críticos no jornal Folha de S. Paulo.

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Confira abaixo a lista dos principais premiados:

Romance 1º lugar: "O filho eterno", de Cristovão Tezza

2º lugar: "O sol se põe em São Paulo", de Bernando Teixeira de Carvalho.

3º lugar - "Antonio", de Beatriz Bracher

Poesia

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1º lugar - "O outro lado", de Ivan Junqueira

2º lugar - "O xadrez e as palavras", de Marcus Vinicius Teixeira Quiroga Pereira

3º lugar - "Tarde", de Paulo Fernando Henriques Britto

Contos

1º lugar - "Historias do Rio Negro", de Vera do Val

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2º lugar - "A prenda de Seu Damaso e outros contos", de Jorge Eduardo Pinto Hausen

3º lugar - "Fichas de vitrola", de Jaime Prado Gouvêa

Reportagem

1º lugar - "1808", de Laurentino Gomes

2º lugar - "O massacre", de Eric Nepomuceno

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3º lugar - "Bar Bodega: um crime de imprensa", de Carlos Dorneles

Biografia

1º lugar - "Rubem Braga: um cigano fazendeiro do ar", de Marco Antonio de Carvalho

2º lugar - "D. Pedro II", de José Murilo de Carvalho

3º lugar - "O texto ou a vida", de Moacyr Jaime Scliar

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