A Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo do Rio de Janeiro localiza-se na Rua Primeiro de Março, junto à Praça XV, no centro histórico da cidade, entre o antigo Convento do Carmo e a Igreja da Ordem Terceira do Carmo.
A Igreja do Carmo remonta à primitiva capela do vizinho Convento do Carmo, um dos mais antigos da cidade, fundado ainda no século 16.
A primitiva capela deu lugar à atual Igreja a partir de 1761. As obras, a cargo do Mestre Manoel Alves Setúbal, estenderam-se por 15 anos, tendo o novo templo sido sagrado em 22 de Julho de 1770, com uma procissão solene.
A talha dourada em estilo rococó do interior, de grande beleza, foi realizada por mestre Inácio Ferreira Pinto a partir de 1785.
Com a chegada da família real portuguesa e sua corte ao Rio de Janeiro, em 1808, o vizinho Paço dos Vice-Reis (atual Paço Imperial) foi utilizado como casa de despachos da corte.
Como Capela Real, a Igreja do Carmo foi palco de importantes eventos, como a sagração de d. João VI como rei de Portugal, em 20 de março de 1816, após a morte de dona Maria I. Lá também se casaram o príncipe d. Pedro, futuro imperador do Brasil, com d. Leopoldina de Áustria, no dia 6 de novembro de 1817.
A fachada foi completada apenas por volta de 1822 pelo arquiteto português Pedro Alexandre Cavroé, que deu ao edifício um frontão em estilo clássico.
Após a Independência do Brasil, a Igreja do Carmo passou a ser a Capela Imperial. Aqui foi realizada a coroação de d. Pedro I (12 de outubro de 1822), a sagração de d. Pedro II (18 de julho de 1841, aos 15 anos de idade), o batizado da princesa Isabel (15 de novembro de 1846) e o casamento da princesa com o conde DEu (15 de outubro de 1864).