Cuba exibirá em dezembro o filme "Che", obra do norte-americano Steven Soderbergh que fala sobre Ernesto Che Guevara, disse na quinta-feira o diretor do Festival de Cinema Latino-Americano de Havana.
Ivan Giroud, diretor do festival que acontecerá entre os dias 2 e 12 de dezembro, disse a jornalistas que não sabe se Soderbergh, o ator Benício Del Toro e outros membros do elenco irão a Havana, devido às restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos às viagens para a ilha.
O filme de Soderbergh tem duas partes ("O argentino" e "guerrilha") e quatro horas de duração.
"Em uma apresentação especial, vamos exibir as duas partes", disse Giroud durante uma coletiva de imprensa sobre o festival.
Em julho, Alfredo Guevara, presidente do festival de cinema de Havana, que chega à 30a edição, disse a jornalistas que Cuba não iria exibir o filme caso ele tivesse "algum ataque" ao ex-presidente de Cuba Fidel Castro.
O filme foi rodado na Espanha e na Bolívia, onde Guevara foi capturado e executado no dia 9 de outubro de 1967, enquanto tentava expandir a guerrilha pela América Latina.
Giroud disse a jornalistas que os atores norte-americanos envolvidos no filme precisam de autorização de seu governo para viajar a Cuba.
"Estão tratando (de sua vinda) (...) estão envolvidas aqui figuras do cinema norte-americano, então isso depende um pouco das permissões e das autorizações para a viagem", comentou.
O governo Bush aumentou o embargo comercial e as restrições de viagens à ilha. O chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, disse em 2007 que Soderbergh não pôde filmar na ilha devido ao embargo comercial aplicado pelos Estados Unidos desde 1962.
Segundo Giroud, o Festival de Havana terá neste ano 114 filmes. Os países mais representados no festival são a Argentina, o México, o Brasil, a Venezuela, o Chile e a Guatemala.
O festival começou em 1978. Além deste, a ilha organiza outros dois festivais internacionais.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura