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Jovens participantes do Festival Internacional de Hip-Hop: evento contou com apoio da prefeitura | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Jovens participantes do Festival Internacional de Hip-Hop: evento contou com apoio da prefeitura| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Participe

4.ª Conferência Municipal de Cultura de Curitiba

De 26, a partir das 19 horas, a 28 de julho. OAB Paraná (R. Brasilino Moura, 253 – Ahú). Inscrições gratuitas e abertas a maiores de 16 anos.

Agenda

Confira a programação da 4ª Conferência Municipal de Cultura:

26 de julho

Sessão plenária inicial

Das 18 às 20 horas: Inscrição e credenciamento dos participantes

19 horas: Abertura, com apresentação do grupo Nosso Canto

27 de julho

Das 8h30 às 12 horas: Inscrição e credenciamento

Das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas: Discussão dos eixos temáticos

Das 17 horas às 17h30: Eleição dos delegados para a conferência estadual

28 de julho

9 horas: Sessão plenária final e ratificação dos nomes indicados a delegados de cada grupo

12 horas: Encerramento

* Ao longo de todo o evento serão recebidas doações de livros não didáticos para as Tubotecas (bibliotecas instaladas dentro de estações-tubo de Curitiba).

Muita gente já percebeu que acesso à cultura vai além de assistir a um ou outro espetáculo artístico: tem a ver com a própria vida e até com segurança. Por isso, pessoas como Célio Joacir Repetski participam de amanhã a domingo da 4.ª Conferência Municipal de Cultura de Curitiba, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Repetski representará a Associação de Moradores Nossa Luta, do Xapinhal. A experiência do grupo com o uso das artes como projeto social já tem 12 anos, quando foi criado o curso de capoeira para crianças de 5 a 14 anos. O efeito benéfico dessa alternativa aos riscos das ruas fez a associação buscar passos maiores. "Vamos agregar na nossa associação uma casa de hip-hop para tirar adolescentes das ruas. Um espaço único [para todas as atividades] seria melhor", avalia.

Em meio à pauta burocrática e teórica da conferência municipal, ele e outros pleitearão coisas palpáveis, como a construção de um centro cultural e esportivo que atenda todo o Bairro Novo, a destinação de 1,5% do orçamento municipal para cultura e a descentralização de eventos para contemplar os bairros mais afastados.

"Participarão artistas, produtores culturais, movimentos de bairros de periferia e até entidades não ligadas à cultura, como sindicatos e associações de mulheres que querem desenvolver ações culturais", disse à Gazeta do Povo o presidente da Fundação Cultural, Marcos Cordiolli, que lembra ainda a "cultura viva" feita por grupos de heavy metal, rap, arte urbana e igrejas – afinal, o lema agora é diversificar. Segundo ele, até conselhos de segurança dos bairros estão interessados no debate, pelo fato de a cultura oferecer uma alternativa de combate ao uso de drogas pelos jovens.

Oficialmente, os principais objetivos da conferência são selecionar representantes para o evento estadual (dias 14 e 15 de setembro, em Guarapuava) e nacional (26 a 29 de novembro, em Brasília) e a adequação da cidade ao Sistema Nacional de Cultura, que coloca Curitiba na rota dos recursos federais. Outros eixos de debate serão a cidadania e os direitos culturais, produção simbólica e diversidade cultural e cultura e desenvolvimento. Com base nas inscrições até agora, são esperadas cerca de 400 pessoas, 20% a mais do que na última edição do evento, mas também é possível se inscrever no local.

Debate

Se depender da quantidade de horas de conversa, essa gestão municipal terá excelentes resultados em cultura. Áreas como a produção audiovisual e a dança passaram por longos fóruns ao longo do primeiro semestre, de forma a debater melhorias conjuntas. Quem participa garante que o caminho é esse: "Todas as áreas estão progredindo, mas ninguém tem noção dos progressos do outro. Começamos a conversar mais", explica o produtor Octávio Nassur.

Participante do fórum de dança, ele foi um dos organizadores do Festival Internacional de Hip-Hop, que reuniu 13 mil pessoas na Universidade Positivo, em junho, sendo 1.740 bailarinos inscritos em diferentes modalidades. O evento é um exemplo de intersecção bem-vinda entre o poder público e iniciativas privadas, tendo recebido como apoio os sistemas de som e luz, um palco e divulgação em pontos de ônibus e nas janelas traseiras dos coletivos.

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