• Carregando...
 | Divulgação/
| Foto: Divulgação/

A carreira que a coolhunter Andrea Greca Krueger planejou enquanto cursava uma pós-graduação não deu certo. Mas foi durante o que eram para ser “apenas umas férias” que a oportunidade apareceu. Ela investiu, mudou o foco e em pouco tempo abriu sua empresa, a Berlin.

Para garantir o sucesso, a aposta foi uma só: fazer muitos cursos, em várias áreas, sempre. Não importa se eles vão te ensinar a refletir ou a fazer cupcakes. Estar atualizado, para ela, é aprender a aprender com tudo, ter a curiosidade como lema de vida. No dia 26 de outubro, a jornalista e professora é uma das convidadas do Papo U , que acontece na Unicuritiba, e vai debater sobre como se atualizar na carreira e as tendências do mercado.

Gostou do tema?

Quer saber mais sobre o que vem por aí na sua profissão? Você vai poder conversar sobre as tendências e novos caminhos do mercado de trabalho pelos olhares de quem é destaque na área. Se você ficou interessado em saber mais sobre o assunto e quer ouvir outras dicas sobre como se atualizar para não ficar para trás na carreira, não perca a próxima edição do Papo U da Gazeta do Povo que será realizado no dia 26 de outubro, na Unicuritiba.

Serão quatro palestrantes experientes em tendências de mercado e profissões que vão ajudar os jovens a se ligarem no caminho certo: a coolhunter e diretora da Berlin, Andrea Greca; o advogado, jornalista e presidente da Comissão de Inovação e Gestão da OAB-PR, Rhodrigo Deda; o CEO da PipeFy, Alessio Alionso; e o CEO Latin America da Mirum, Guilherme Gomide.

Data: 26/10

Horário: 19h

Local: Unicuritiba – grande auditório

Vagas limitadas. Inscreva-se em www.gazetadopovo.com.br/papou

Você mudou sua área de atuação na carreira. A migração foi uma escolha ou o mercado te obrigou a isso?

Eu me formei em 2000 em Jornalismo. Depois disso fui morar em Londres e lá, além de estudar inglês, fiz uma pós em comunicação de moda. Quando voltei ao Brasil, não consegui colocação na área. A ideia era usar minha formação para trabalhar com jornalismo cultural. Não deu certo. Então consegui emprego em uma editora, mas não estava contente porque era na área de tecnologia, que não tinha relação com o que eu realmente gostava.

Foi então que durante um período de férias de verão na Espanha eu soube de uma especialização por lá, vi o edital e resolvi fazer. O curso era de coolhunter e investigação qualitativa de tendências. Quando me deparei com ele, na hora eu percebi que tinha tudo a ver comigo. Eu me descobri lá. Quando voltei ao Brasil, em 2009, abri minha empresa, a Berlin, que atua com pesquisa de mercado com foco em inovação.

Existe um caminho que torne mais fácil detectar uma nova carreira, uma outra área de atuação?

Hoje com essa diversidade imensa de cursos de graduação e pós-graduação fica mais difícil. É o paradoxo da escolha: quanto mais opções, mais paralisado você fica diante delas. Mas, por outro lado, estar aberto às possibilidades facilita muito. Você faz uma escolha, mas enquanto ela não dá certo você trabalha com outra. Minha segunda carreira é de professora. Quando estava em Londres, desempregada, dei aulas lá. Toda vez que tinha que trabalhar com algo que não era exatamente o que tinha planejado, eu pensava que já que é isso que tem para fazer, vou fazer bem feito. Nunca ao contrário, com aquela sensação de estar ali sem querer estar.

E quando a mudança de carreira não acontece voluntariamente? Quando o mercado te obriga a isso, como estar preparado?

Não existe uma fórmula, mas podemos apostar na informação. Estar sempre bem informado, saber quais são as tendências tecnológicas, saber para onde o mundo está indo. Ser curioso é a chave para se manter conectado. Hoje as opções para aprender algo diferente são muitas. Existem inúmeros cursos rápidos que te fazem ter uma ideia de coisas diferentes. Por aqui (Curitiba) temos lugares que oferecem boas opções, como a Perestroika, que é uma escola de atividade criativa, e a Aldeia Coworking. É bom apostar nisso. O que não dá é para ficar parado se lamentando.

Você, mesmo depois de ter a sua empresa, continuou apostando nesses cursos rápidos. Como foi essa experiência?

Eu fiz dois cursos livres, um de física quântica e um de psicanálise. No de física, que foram apenas dois dias e era algo bem introdutório, não entendi nada. Mas teve uma única coisa que me impactou que foi quando o professor disse que a natureza do átomo não é estática. Isso serve também para nós, para a nossa vida. Usei essa ideia para mim, e isso serviu. No caso do curso de psicanálise, ele revolucionou a maneira como eu trabalho, já que minha atividade envolve pessoas. Ou seja, são pequenas coisas que você vai tirando do que aprende.

Tem um caso que eu gosto de contar é de uma conhecida que se candidatou a uma vaga de estagiária em uma multinacional. Era estudante de publicidade, mas no seu currículo tinha de tudo, desde curso de origami, cupcake, até banho e tosa de cachorro. Na hora da entrevista, foi questionada sobre a razão de fazer tanta coisa não relacionada à sua área de formação. Ela respondeu que fazia porque tinha muita curiosidade sobre tudo. Resultado? Ficou com a vaga. Ou seja, sair da bolha ajuda muito.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]