Por si só, o prédio onde está instalado o Museu Paranaense já deveria despertar curiosidade: foi a antiga sede do governo do Paraná, onde os líderes estaduais despacharam até 1953. O visitante que resolver passar pelo local neste fim de semana vai encontrar ali seis exposições que retratam vários aspectos do estado, desde fotografias das comunidades quilombolas até uma mostra de porcelana utilitária com inusitados itens, como uma xícara projetada especialmente para homens que usam bigode.
A peça, de 1860, foi invenção do britânico Harvey Adams e integra a exposição Porcelana Utilitária: A Beleza Sempre Presente, com peças de cerâmica nacional e estrangeira. Outra mostras curiosas em cartaz são Uniformes, Acessórios e Armas Militares do Paraná que retrata os movimentos militares do estado e Um Lar de Família, com móveis que traduzem os costumes de famílias abastadas do século 19. "Evitamos o objeto pelo objeto. Os que estão expostos correspondem a um contexto", diz o diretor Renato Carneiro Júnior. Segundo ele, existem cerca de 400 mil itens no acervo do Museu Paranaense, sendo a metade acervo arqueológico (ossos, pedras e restos de cerâmica), que não são expostos.
Fotografia
Em cartaz até o dia 17 deste mês, Paraná Negro, da Invisibilidade ao Reconhecimento traz um ensaio fotográfico de Socorro Araújo sobre as comunidades quilombolas do Paraná hoje. As imagens dela (que não integram o acervo) fazem um contraste com outras registradas por viajantes como o francês Jean-Baptiste Debret e o alemão Johann Moritz Rugendas, nos séculos 18 e 19. A entrada no museu é gratuita.
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