Se você é amante do cinema e anda enjoado com a mesmice da programação no circuito exibidor local, chegou a hora de tirar o atraso. Começa nesta terça-feira, e vai até o dia 4 de junho, a primeira edição do Olhar de Cinema Festival Internacional de Curitiba, que vai trazer à cidade 73 filmes, longas e curtas-metragens, ficcionais, documentários e experimentais, de países do mundo inteiro.
VÍDEO: Veja a chamada para o Festival
A sessão de abertura, que acontece na terça-feira, às 19 horas, no Guairinha, será com Mr. Sganzerla Os Signos da Luz, documentário do cineasta Joel Pizzini que não pretende contar a história da vida do cineasta Rogério Sganzerla, diretor do clássico brasileiro O Bandido da Luz Vermelha (1968), mas recriar, sob a forma de um filme-ensaio, o universo do diretor a partir dos signos recorrentes na sua obra.
A escolha desse título para abrir o festival foi emblemática. Como será o primeiro filme a ser exibido na história do evento, os organizadores optaram por um representante do chamado cinema de invenção, autoral e independente, para o qual pretendem abrir espaço, debater e difundir daqui para frente.
Segundo o cineasta Aly Muritiba (do premiado curta-metragem A Fábrica), um dos diretores e curadores do festival, essa é a vocação do Olhar de Cinema: dar atenção ao que de novo e criativo está sendo criado ao redor do mundo. Completam o time da curadoria Antônio Junior e Marisa Merlo, sócios da Grafo Audiovisual, empresa responsável pela organização do evento.
Para a exibição dos filmes em competição, a Grafo contará com duas salas do Espaço Itaú de Cinema, no Shopping Crystal, e com a Cinemateca de Curitiba. Os debates sobre os títulos em exibição, assim como o 1.º Seminário de Cinema Contemporâneo de Curitiba, acontecerão no Sesc Paço da Liberdade (confira na programação em anexo).
Mostras
A programação do Olhar de Cinema (confira a programação completa em anexo) está dividida em duas mostras competitivas, para longas e curtas: Janela Internacional, da qual produções brasileiras também vão participar, e outra exclusivamente nacional, Olhares Brasil. Alguns destaques entre os títulos que disputam prêmios nesta edição inaugural são o estupendo longa islandês Vulcão, o português Sangue do Meu Sangue, que acaba de ser escolhido o filme do ano em sua terra natal (troféu Globo de Ouro), e Estradeiros, premiado pela crítica no último Cine PE.
Além dessas duas mostras, há a Novas Olhares, com trabalhos de diretores com um ou dois filmes no currículo; a Outros Olhares, de caráter mais panorâmico e informativo; e a Mirada Paranaense, voltada a produções locais nesta, o melhor curta receberá o Prêmio Aquisição RPC TV, no valor de R$ 10 mil.
Atração à parte será a Olhar Retrospectivo, que neste ano trará a Curitiba cinco longas do cineasta John Cassavetes, símbolo do cinema independente nos Estados Unidos: Sombras (1959), Faces (1968), Uma Mulher sob Influência (1974), Morte de um Bookmaker Chinês (1976) e Noite de Estreia (1977).
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Festival começa na próxima terça-feira (29) e vai até o dia 4 de junhoVER MAIS VÍDEOS
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