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Livraria da Vila da Alameda Lorena, projeto do arquiteto Isay Weinfeld, que também fará o da loja curitibana | Leonardo Finotti/Divulgação
Livraria da Vila da Alameda Lorena, projeto do arquiteto Isay Weinfeld, que também fará o da loja curitibana| Foto: Leonardo Finotti/Divulgação
  • Samuel Seibel, presidente da Livraria da Vila: negócio movido pelo amor à leitura

Quem não costuma ir com frequência a São Paulo, é possível que nunca tenha ouvido falar – ou disponha de poucas referências – a respeito da Livraria da Vila. Com seis lojas (e mais uma a caminho) na capital paulista, a rede vai inaugurar neste ano a primeira filial fora da cidade, mas a apenas 90 quilômetros, em Campinas. O negócio, no entanto, está prestes a dar um passo ainda mais arrojado em sua história: "Depois de quase 28 anos de existência, acho que a livraria está grandinha, pronta para se arriscar a sair do estado", disse o presidente da rede, Samuel Seibel, em entrevista à Gazeta do Povo, concedida por telefone. E o lugar escolhido foi Curitiba.

Com área prevista de 900 metros quadrados, a loja curitibana da Livraria da Vila vai funcionar no Pátio Batel, shopping center cuja inauguração está prevista para março de 2013. O projeto da loja ficará por conta do arquiteto Isay Weinfeld, responsável pelos projetos das filiais paulistanas instaladas na Alameda Lorena e nos Shoppings Cidade Jardim e Pátio Higienópolis.

Quanto à escolha de Curitiba, Seibel disse que estudos apontaram haver na cidade não apenas uma clientela com o perfil do público-alvo da livraria, interessado em arte, cultura e livros, como também espaço para mais uma rede. Mas, ao contrário de outras empresas nacionais do setor que já operam aqui, como a Cultura, a Fnac e a Saraiva, cujas filiais são muito parecidas entre si, a Livraria da Vila procura ter um projeto arquitetônico distinto para cada loja, buscando se adaptar ao espaço físico que vai ocupar e às demandas locais.

"Estamos longe de ser uma franquia, uma grande cadeia, portanto, nosso foco é oferecer um ambiente pessoalizado, cuja finalidade é, sobretudo, se tornar um ponto de encontro de pessoas que apreciem cultura e o convívio social nesses tempos de Facebook e Twitter", diz Seibel.

Para atingir essa meta, afirma o executivo, a filial curitibana terá um café espaçoso, onde a clientela poderá ficar à vontade, lendo, conversando, e, possivelmente, um pequeno auditório/teatro, destinado desde a apresentações de música e teatro até palestras e debates.

Seibel, que foi jornalista por uma década e hoje tem 59 anos. contou que decidiu investir no negócio muito mais em decorrência de razões pessoais do que exatamente profissionais. "Sempre tive uma ligação muito forte com a leitura, com livros, e queria fazer algo de que realmente gostasse", contou.

Talvez por isso, a Livraria da Vila tenha uma preocupação tão grande em se tornar, acima de tudo, um espaço de sociabilidade. O que não quer dizer que não haja uma preocupação com a mantuenção de um acervo extenso e diversificado, com mais de 200 mil títulos à disposição dos leitores.

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