“Tarântula”, de Aly Muritiba, é um filme de terror clássico.| Foto: Divulgação

“Tarântula” é um filme de terror da velha escola. Filmado no Palácio do Pinho (lugar que, segundo a lenda, foi mesmo palco de assassinatos), o curta é um filme de terror que paga um tributo à tradição do gênero. De uma perspectiva feminina, o filme conta a história de três mulheres – uma mãe e suas filhas – que têm a paz abalada por uma presença masculina.

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Muitos dos elementos tradicionais do cinema de terror (ou suspense) pulam no colo do espectador. A criança, as canções macabras, bonecas sinistras, a religiosidade, a casa assombrada, a vilã improvável. Circunstâncias de um argumento muito interessante, que foi trabalhado com altos e baixos. Se é um mérito – e foi assim que o filme fez carreira internacional e participou de alguns dos festivais mais importantes – ou apenas um truque, cabe ao espectador decidir.

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Para mim, é uma louvável mistura das duas coisas. O filme tem a capacidade de reverberar. É um filme que se leva pra casa, é tudo menos esquecível . Ainda que o roteiro patine em uma construção um tanto rápida do conflito e dos personagens, o curta é, pictoricamernte, grande cinema. Mostra um evidente passo à frente da produtora Grafo. Destaque para o som de Ale Rogoski, quase um protagonista do filme, com o deve acontecer com todos os filmes de terror. E também para as atuações de Paulo Matos e Giuly Biancato.

Sono

Cercado de muita expectativa, o longa “Fome”, do diretor gaúcho Cristiano Burlan, provou-se um abacaxi do que existe de mais tolo em nossa cinematografia. O filme é um pequeno exercício de fetiche, ao filmar o admirável Jean Claude Bernardet como um mendigo perambulando por São Paulo. Desculpa para homenagear Bernardet e para filmar a metrópole em preto e branco, o filme é uma celebração tosca dos estereótipos de nosso cinema. Não atores, cenas improvisadas, mensagem política rasteira, tomadas glauberianas.

Uma bonita e cansativa bobagem.

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