O curta-metragem Prisma, filme de estreia do cineasta curitibano Matheus Marco Moraes, participa nesta semana do Polari: The Austin Gay & Lesbian International Film Festival, que acontece de amanhã até domingo na cidade de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos.
O filme, que terá sua exibição na quinta-feira, foi selecionado para uma seção especial da mostra, voltada a produções experimentais, e será exibido sob a forma de instalação, semelhante às que são vistas em museus de artes, com fones de ouvido, o que permitirá uma maior proximidade entre o espectador e a obra.
Prisma proporciona ao público uma experiência incomum: o curta narra, sempre com três quadros na mesma tela, o encontro em um parque entre dois amigos. Vividos pelos atores Roger Batista e Gabriel Hubner, eles são jovens e estão na fase da descoberta do amor e da sexualidade. O que dizem e o que sentem nem sempre coincidem, e há uma constante tensão ao longo da narrativa, que, como um prisma, não se limita a abordar o visível, mas também o que escapa ao olhar em um primeiro momento.
Moraes conta que escolheu esse formato com o objetivo de retratar não apenas o que se dá na superfície de um relacionamento afetivo, que começa a tomar outros rumos, mas cujos contornos ainda estão algo borrados, inexatos. Nos quadros, as imagens, exibidas paralelamente, retratam o que acontece no plano do real, mas também imagens que sugerem o estado emocional dos dois personagens. As cenas foram gravadas no ano passado, no Parque Passaúna.
Formado em Cinema e Vídeo pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP), em 2012, Moraes se prepara para realizar, no ano que vem, seu próximo filme, O Retrato da Imagem Quando Jovem, adaptação livre do romance O Retrato de Dorian Gray, clássico do escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900). O projeto foi aprovado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura.
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