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Nesta semana, a cena artística curitibana terá ares venezuelanos. Não, não se trata de mais uma visita de Hugo Chávez, presidente do país sul-americano, à capital paranaense, mas de uma coincidência entre a origem de duas atrações promovidas pelo Centro Cultural Teatro Guaíra – a segunda etapa do Ciclo Novas Leituras – 2.º Ciclo de Dramaturgia e a estréia do mais novo espetáculo do Ballet Teatro Guaíra.

Com ênfase na produção latina, o segundo ano do projeto Ciclo Novas Leituras, que conta com curadoria de Fernando Kinas, apresenta hoje, às 20 horas, no teatro José Maria Santos a leitura dramática de La Farra, texto do venezuelano Rodolfo Santana. Com direção de Andrei Moscheto, os atores Chico Nogueira, Hélio Barbosa e Vitor Hugo irão apresentar a peça escrita em 1969, que abusa da metalinguagem ao colocar um padre, um general e um senador ensaiando seus próprios papéis para uma montagem teatral. Autor de centenas de peças, escritas ao longo de quatro décadas, Rodolfo Santana é vencedor dos principais prêmios teatrais da América Latina, tendo suas obras encenadas em países como EUA, Itália e Espanha.

Já na sexta-feira, o Ballet Teatro Guaíra estréia, às 20h30, no Guairinha, uma temporada curta de seu mais novo espetáculo, Morning Dog/Dancing Day/Big Night, no coreógrafo David Zambrano, da Venezuela. Convidado pela Casa Hoffmann a ministrar um workshop de dança contemporânea em 2003, Zambrano acabou chamando a atenção de Carla Reinecke, diretora do BTG, que o convidou para ministrar um curso a seus bailarinos. "Gostei muito de seu workshop e achei que seria uma boa experiência para os bailarinos. Apesar de ainda fazermos espetáculos de balé clássico, como o Quebra Nozes, estamos indo cada vez mais para o caminho da dança contemporânea". explica a diretora.

Durante o curso, Zambrano ensinou ao corpo do BTG a técnica de dança de sua autoria, chamada flying low, que consiste em estabelecer as relações do bailarino com o chão. Daí surgiu a coreografia, que será apresentada por 15 bailarinos, com duração de 30 minutos. "Eles movimentam-se o tempo todo, estabelecendo conexões entre si e com o meio ambiente", adianta Reinecke. No repertório da apresentação, o BTG inclui ainda a coreografia Caixa de Cores, de Luiz Fernando Bongiovanni. O espetáculo conta sessões abertas ao público na sexta-feira e no sábado, às 20 h30 e no domingo às 18 horas. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (estudantes).

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