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A bailarina Michelle Moura une expressionismo e som distorcido em Cavalo | Leco Souza/Divulgação
A bailarina Michelle Moura une expressionismo e som distorcido em Cavalo| Foto: Leco Souza/Divulgação

Agenda

Programe sua ida ao Festival de Dança de Joinville de acordo com suas preferências:

Noites Especiais

Local: Arena Centreventos Cau Hansen.

Abertura: hoje, às 20h. Noite de Gala: dia 23, às 20h.

Noite das Campeãs: dia 28, às 19h.

Mostra Competitiva: dias 19 a 22 e 24 a 27, às 19h.

Outras Mostras

Local: Teatro Juarez Machado e outros espaços.

Contemporânea: Dias 19, 22 e 24 a 27.

Meia-ponta (campeãs): 22, às 15h.

Encontro das Ruas

Local: Escola Estadual Prof. Germano Timm

Dias 21 e 22 de julho, das 13 às 19h.

Serviço

Festival de Dança de Joinville

Centreventos Cau Hansen (Av. José Vieira, 315 – Joinville), (47) 3423-1010 e outros locais. De 18 a 28 de julho. Ingresso de R$ 14 a R$ 116, com meia-entrada. Saiba mais em www.festivaldedanca.com.br

A persistência dos 600 bailarinos que enfrentaram as devastadoras enchentes de 1983 para ficar até o fim no primeiro ano do Festival de Dança de Joinville parece ter servido de exemplo para que a nova geração continuasse o trabalho duro. O evento inicia hoje sua 30.ª edição, reunindo 6 mil participantes, que devem se apresentar para 200 mil pessoas até o dia 28 deste mês.

Dividido em mostras competitivas para alunos e apresentações de artistas profissionais, o festival tem início nesta noite com uma interpretação de Ana Botafogo inspirada na bailarina norte-americana Isadora Duncan, que, por sua vez, fez uma releitura das figuras dançantes encontradas em vasos gregos. Em seguida, Cecília Kerche apresenta junto com a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil o terceiro ato de Raymonda, de Marius Petipa.

A partir de amanhã, começam a ser apresentadas ao púlbico e ao júri 222 coreografias nas categorias clássico, contemporâneo, sapateado, jazz, danças urbanas e populares.

Além de fomentar a profissionalização dos grupos que passam por seus palcos e ali trocam experiências, esse que é considerado o maior festival de dança do mundo, de acordo com o Livro Guinness dos Recordes, é um importante divulgador dessa arte.

"O que começou como um evento competitivo hoje tem uma série de acontecimentos simultâneos em 15 palcos pela cidade, que incluem shopping, empresas, um ancianato e até outras cidades", explica o presidente do Instituto Festival de Dança de Joinville, Ely Diniz.

Foi assistindo às apresentações, anos atrás, que a catarinense radicada em Curitiba Michelle Moura desejou aprender a dançar. Hoje, ela pesquisa e cria dentro do gênero contemporâneo, e leva a Joinville a coreografia Cavalo.

Classificados como neoexpressionistas e caricaturais, os movimentos inquietam pela mescla de estímulos animais e som distorcido – obra do músico Rodrigo Lemos (A Banda Mais Bonita da Cidade e Lemoskine). "As pessoas dizem se sentir imersas em um ambiente sonoro muito próximo à psicodelia, como se o espaço se transformasse", diz a artista, que já foi convidada para mostrar o trabalho em vários festivais e o apresenta em Joinville na noite do dia 22, dedicada a obras contemporâneas profissionais.

De Curitiba, participam também as academias Luana Zeglin e Eliane Fetzer, com alunos que acumulam vários anos de aulas figurando na mostra competitiva. "São pessoas que estão focadas, com a meta traçada de ser bailarinos profissionais", conta Eliane. A academia que leva seu nome compete com cinco coreografias em diferentes modalidades. As mais ousadas são No Vocabulário da Alma, trabalho de jazz inspirado em cultos africanos, e Duo Contemporâneo, diagonal em que duas pessoas disputam espaço.

Didatismo

Nos últimos dez anos, o evento catarinense guinou para trazer o máximo de informação aos participantes, o que se dá por meio de 180 vagas em oficinas, cursos paralelos e com o seminário E por Falar em Corpo Performático.

Além de abrir espaço para a dança de rua, com apresentações de hip-hop e batalha de break, o festival instalou uma "rua da dança", próxima à estação ferroviária, onde, no sábado, professores e coreógrafos ensaiarão alguns passos com quem quiser ter um contato mais próximo com a arte dos movimentos corporais.

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