Em sua 1ª edição, o Mirada (Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos), que começa hoje e se estende até o dia 11, vai destacar a produção argentina. Uma das figuras mais importantes nesse contexto é Daniel Veronese. Dono de uma das mais profícuas trajetórias de seu país, o diretor vem ao Brasil na condição de homenageado do festival e deve mostrar por aqui não apenas um, mas três de seus novos trabalhos.

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São montagens em que retoma textos clássicos do teatro realista do século 19, apresentando leituras bastante particulares de "Casa de Bonecas" e "Hedda Gabler", do norueguês Henrik Ibsen, e "Tio Vânia", do russo Anton Chekhov.

Além dos três espetáculos de Veronese, o festival deve trazer outras quatro montagens portenhas. Mas, o evento não focou apenas os destaques da cena latino-americana. Abriu espaço também para os ibéricos, selecionando duas peças espanholas e uma portuguesa. "Somos latinos, mas também ibéricos. E a cultura tem um papel determinante na aproximação com esses países", pondera Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc-SP e um dos curadores do Mirada.

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A escolha de Santos para ser a sede do evento, que reúne 18 espetáculos internacionais e 13 nacionais, também é simbólica, destaca Miranda. "Santos é um porto. E, por isso mesmo, uma cidade cosmopolita, aberta para o mundo."