Daniela Mercury se diz indignada e surpresa com a explicação do Vaticano ao veto de sua apresentação no concerto de Natal, que será gravado este sábado na Itália para ser exibido no dia 24 pela TV italiana. Segundo a cantora, em nenhum momento ela teria dito que promoveria em seu show o uso da camisinha para a prevenção à Aids.

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O Vaticano informou esta sexta-feira que o veto à Daniela foi feito não por ela participar de uma campanha do uso de preservativos, mas por ela por ter ameaçado falar de camisinha na sua apresentação.

Perguntada se o Vaticano teria inventado uma desculpa para justificar o veto, Daniela disse preferir não julgar os motivos das declarações.

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- Entendo e respeito as preocupações do Vaticano e acho que eles têm o direito de proteger o Papa e a instituição. Porém, no meu caso, essa preocupação não faz sentido.

Ao Globo Online, Daniela garantiu não se arrepender de nada que tenha dito até agora sobre a posição da Igreja Católica quanto ao uso de preservativo na prevenção à Aids. Desde que o Vaticano anunciou a exclusão da cantora do concerto, Daniela tem recebido várias manifestações a favor de seu posicionamento.

A artista sempre reiterou ser católica, o que não a impedia de fazer campanha do uso de preservativos no combate à Aids.

- Não me arrependo de minhas declarações e posições, pois sempre fui coerente e todas as minhas afirmações foram pautadas no respeito e com a intenção de ajudar a proteger a vida - disse ela em entrevista ao Globo Online, afirmando que apenas expressou o desejo de que a Igreja Católica apoiasse o uso do preservativo na luta contra a Aids.

- Um desejo sincero e puro, que reflete a minha preocupação com as milhares de pessoas que são atingidas pela epidemia e por outras doenças sexualmente transmissíveis. Não fiz nenhuma declaração desrespeitosa ao Vaticano, então não tenho do que me arrepender.

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Daniela Mercury não vê a hora de encerrar a polêmica e disse esperar que todo o acontecido leve à reflexão sobre a importância da luta contra a Aids.

- A nossa omissão pode resultar no sofrimento e na morte de muitas pessoas - afirmou.