Orlando Brito chegou à Brasília antes mesmo da inauguração da nova capital, em 1956. Tinha 15 anos e iniciava sua carreira de fotógrafo no jornal A Última Hora, de Samuel Wainer. Nas décadas seguintes, tornaria-se uma "sombra" da cúpula da vida política brasileira. Como repórter fotográfico, passou pelas redações de Veja, O Globo e Jornal do Brasil, onde ganharia a fama de "fotógrafo dos presidentes".
Brito organizou o legado de sua trajetória profissional no livro Poder, Glória e Solidão. Uma exposição homônima, com cerca de 96 imagens contidas na publicação, está aberta na Galeria da Caixa (R. Conselheiro Laurindo, 280), em Curitiba. As imagens narram a hitória recente do Brasil, com destaque para a transição da ditadura para a democriacia. São fotografias de líderes como Castello Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel, Figueiredo, José Sarney, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães e Fernando Collor de Mello, envolvidos em cerimônias palacianas e cenas de rua, atos de autoritarismo e manifestações democráticas, todas carregadas de informações histórica. O movimento Diretas Já, que levou milhões de brasileiros às ruas no início dos anos 80, também foi abordado.
"A idéia não é simplesmente mostrar ao público uma coleção de fotos bonitas ou não, mas contar a trajetória de um período da história do Brasil. Podemos nos dar conta de quanto a conquista da democracia hoje vigente é valiosa", afirma Brito. A exposição também inaugura a nova galeria da Caixa em Curitiba e poderá ser visitada até 17 de fevereiro.
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