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Chuck Palahniuk: romance à vista |
Chuck Palahniuk: romance à vista| Foto:
  • Hornby: teoria sobre leituras interligadas.

Apesar de (ainda) não se delinear uma tendência visível no mercado, as editoras brasileiras parecem mesmo ignorar o que uns chamam de crise. A Rocco, por exemplo, de antemão anuncia que já tem 200 títulos para soltar durante 2009. Entre as apostas, o candidato a best seller é O Frenesi Polissilábico, ensaios sobre leitura assinados pelo escritor pop Nick Hornby, além do romance Monstros Invisíveis, do badalado Chuck Palahniuk (autor de Clube da Luta, entre outros).

Na Record, entre as centenas de obras programadas, os pontos altos (entre os confirmados) devem sair apenas no segundo semestre. Pelo menos cinco obras-primas shakespereanas (Sonhos de Uma Noite de Verão, Ricardo III, A Tempestade, Hamlet e Romeu e Julieta) serão disponibilizadas via linguagem oriental do mangá, dentro do projeto Mangá Shakespeare. Lya Luft dá continuidade ao best seller de reflexões Perdas e Ganhos com Medos, Mistérios e Mentiras. Em dezembro, sairá a biografia de Gilberto Gil, assinada por Tom Cardoso.

Vários alvos. Assim parece mirar a Bertrand Brasil, que viabilizará de antologia dos "melhores" contos brasileiros (organizada por Luiz Ruffato) a ensaios de Noam Chomsky. Por sua vez, a Cosac Naify, seguindo uma espécie de alvo certeiro, foca em clássicos, luxuosamente editados: Ressureição, de Tolstoi, Absalão, Absalão, de William Faulkner e Lanterna Mágica, de Ingmar Bergman.

Aposta

Se 2008, do ponto de vista de prêmios, foi o ano do romance O Filho Eterno (publicado em 2007 pela Record), do escritor Cristovão Tezza (colunista da Gazeta do Povo), em 2009 vale prestar atenção na recepção do romance Galiléia, do prosador pernambucano Ronaldo Correia de Brito. O livro, que entrou em circulação no final de 2008 pelo selo Alfaguara, mostra as impossibilidades de convívio entre familiares. Tragédia grega no sertão, tudo escrito com um texto fluente, mezzo a dialogar com a oralidade, ora a inventar uma língua própria. Se não abocanhar prêmios, Galiléia rende ao menos uma experiência estética incomum, e inesquecível, ao leitor.

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