James Hetfield, Lars Ulrich e Kirk Hammett tentaram de tudo para reconquistar a posição de banda de rock mais importante do mainstream, após o estrondoso sucesso de Metallica (também conhecido como álbum preto), quinto álbum de estúdio da banda norte-americana, lançado em 1991.
Até conseguiram manter-se entre os dez mais com os medianos Load (1996) e Reload (1997), mas tudo veio abaixo em 2003, com o patético St. Anger álbum gravado em meio a sessões de terapia conjunta e muita lavagem de roupa suja, como o mundo pôde conferir no documentário Some Kind of Monster (2004), que trouxe à tona os tumultuados bastidores da gravação.
Parecia que não havia salvação para o Metallica. Até fãs mais antigos, que acompanhavam o trabalho da banda desde seu surgimento, em 1983, haviam perdido a fé naqueles que um dia foram considerados um dos pioneiros do thrash metal subdivisão do heavy metal, caracterizada pela velocidade e a fusão com elementos do punk e do hardcore .
Para trazer o grupo de volta das cinzas, só mesmo Rick Rubin, que assina a produção do surpreendente Death Magnetic, nono disco de estúdio do Metallica, lançado na semana passada e já à venda no Brasil. Responsável por reerguer as carreiras de nomes como Johnny Cash e Neil Diamond, Rubin vencedor do Grammy de melhor produtor do ano em 2006 figura entre os mais importantes da música na atualidade. O reconhecimento deve-se, especialmente, à capacidade do produtor de arrancar dos artistas o que eles têm de melhor no caso do Metallica, o vigor, a fúria e a energia que marcaram álbuns clássicos como Master of Puppets (1986) e ...And Justice for All (1988).
Sim, o Metallica thrash está de volta em Death Magnetic, com toda a pompa e a circunstância a que tem direito. Para começar, esqueça "The Day That Never Comes", faixa escolhida pela banda para ser o single de lançamento do novo trabalho (a propensão dos integrantes a tomar decisões artísticas equivocadas, infelizmente, ainda persiste). Apesar dos excelentes últimos três minutos de pura pancadaria, a canção (que ultrapassa os sete) é, de longe, a pior do disco.
Prefira os riffs explosivos e quebradas de tempo insanas de faixas como "That Was Just Your Life", "Broken, Beat & Scarred" e "All Nightmare Long"; ou então os competentes solos de Kirk Hammett em "The End of the Line" e "My Apocalypse". Delicie-se ao perceber que James Hetfield voltou a escrever boas letras e a cantá-las com o entusiasmo de quem não está pensando apenas em encher os bolsos de grana. E celebre a entrada definitiva do baixista Rob Trujillo para a formação, ao notar como, apesar de discreta, sua participação dá mais fôlego à bateria de Ulrich (este, também revigorado). Só não espere nenhuma balada, nem nada que se aproxime demais do mainstream. Porque isso, pelo menos por enquanto, são águas passadas. GGGG
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