Josh Brolin, o agente K mais novo, e Will Smith, como J: roteiro bem amarrado e piadas eficientes| Foto: Divulgação

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Homens de Preto 3 tinha uma missão e tanto: resgatar a credibilidade de uma franquia que estreou bem em 1997, mas deu com os burros n’água cinco anos mais tarde, em uma das sequências mais desastrosas e sem graça da história recente do cinema de entretenimento. Para isso, foi em busca de uma premissa inventiva. E encontrou.

Ainda parceiros, o sempre bem-humorado e cheio de tiradas Agente J (Will Smith) e o carrancudo K (Tommy Lee Jones) seguem enfrentando alienígenas exóticos que se infiltram no planeta Terra, até tropeçarem em um inimigo do passado do mais velho.

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Boris, o animal (Jemaine Clement), que foi capturado e teve seu braço amputado há décadas, num embate com K, escapa de uma penitenciária de segurança máxima, instalada na Lua, e resolve se vingar. Para isso, retorna ao fim dos anos 60, para matar seu algoz antes de ele prendê-lo. E consegue.

Um belo dia, J acorda com uma irresistível vontade de beber leite achocolatado e percebe que o parceiro jamais existiu. Na tentativa de tentar reverter o ocorrido, também decide empreender uma jornada no tempo, voltando ao ano em que o homem pisou o solo lunar pela primeira vez. Lá, reencontra seu companheiro em versão jovem, vivido por Josh Brolin (de Onde os Fracos Não Têm Vez), que reproduz à perfeição os tiques de Lee Jones, porém menos amargo – o filme revela, afinal, o porquê do azedume do personagem.

Ótimos efeitos especiais, potencializados pela tecnologia em 3D, e um roteiro bem amarrado, com piadas eficientes, inclusive em tom de crítica racial, e situações inventivas, como o encontro de J e K com Andy Warhol em um happening artístico em Nova York, fazem de Homens de Preto 3 uma espécie de redenção do diretor Barry Sonnenfeld pelo gosto de fiasco deixado pelo segundo filme. Não é uma obra-prima, mas abre até mesmo a possibilidade de (e a vontade de ver) um quarto episódio.

Outros trunfos da produção são a breve, porém marcante participação da grande atriz inglesa Emma Thompson, como a agente que era o amor secreto – e impossível – de K no passado, e a direção de arte retrô, que recria de forma convincente e inventiva o fim dos anos 60. Sem falar, é claro, de Smith, Lee Jones e de Brolin, muito afiados em seus papéis. Vale o preço do ingresso. (GGG)