A premiada coreógrafa carioca Deborah Colker estreia em Curitiba o espetáculo “VeRo” neste sábado e domingo (21 e 22), no Guairão (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo). Inédita, a montagem é a fusão de “Velox” (1995) e “Rota” (1997), dois dos maiores trabalhos da artista. Restam poucos ingressos para as apresentações (assinantes do Clube Gazeta do Povo têm 40 de desconto).
“VeRo” é considerado um trabalho desafiador pela própria coreógrafa. “Foi uma atitude corajosa fazer a fusão de dois espetáculos importantes com uma linguem muito forte da companhia [de dança Deborah Colcker]”, diz. Deborah vai desafiar a gravidade duas vezes em “VeRo”: ela faz os bailarinos dançarem sobre uma parede de escalada de sete metros (retirada do espetáculo “Velox”) e depois, dentro de uma grande roda gigante (apresentada no “Rota”).
Com a Cia de Dança Deborah Colker e trabalhos individuais , a dançarina contemporânea conquistou expressão internacional. Abaixo a lista dos trabalhos apresentados no exterior:
- “Mix” (1996) na Bienal de Dança de Lyon que lhe rendeu o Laurence Olivier Award 200, até então nunca concedido à nenhum brasileiro
- “Nó” (2005) em apresentação na Balé da Ópera Nacional do Reno
- “Maracanã” (2006) especialmente encomendado pela FIFA, foi apresentado na Copa do Mundo na Alemanha e, posteriormente, incorporado à cia sob o título de “Dínamo”
- “Ovo” (2009) uma produção para Cirque du Soleil. É apresentado em Bangor, cidade a 376 km de Boston
A combinação do que há de melhor em cada espetáculo pode surpreender mesmo aqueles que já viram alguns dos mais de dez trabalhos da coreógrafa, em que bailarinos desafiam os limites de espaço e corpo. “Eu não quero alcançar o impossível. Quero subverter uma ordem”, diz a artista.
“VeRo” pretende unir poesia, esporte e dança. Os bailarinos deste espetáculo tiveram de aprender técnicas de balé clássico, dança contemporânea, kuduro (danças urbanas em Angola), street dance e técnicas circenses.
Como a equipe não é a mesma que apresentou os espetáculos há quase 20 anos, Deborah exigiu um esforço ainda maior dos novos bailarinos. “É um trabalho de muita técnica, a que os bailarinos não estavam acostumados. A roda e a parede foram novas para eles”, diz.
Deborah conta que decidiu mudar os espetáculos porque não queria se acomodar com o sucesso que eles já tinham conquistado. “Fiquei um mês apavorada, porque eu achava que havia mexido demais”, confessa. Após a estreia em Curitiba, “VeRo” será apresentado em Maringá e em cidades de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Olímpiada
O lançamento de VeRo há dois meses da Olimpíada foi proposital, uma vez que aproveitou os holofotes para o esporte nesse novo trabalho. Deborah também é uma das diretoras da cerimônia de abertura do evento. Ela contou à Gazeta do Povo que a coreografia ainda não está totalmente pronta. O trabalho tem três mil voluntários e os ensaios ainda não começaram. A abertura do maior evento esportivo do mundo é um desafio, mas a carioca tem um currículo vasto como direção do espetáculo Ovo, do Cirque du Soleil, e um flash mob de 400 pessoas na última Paraolimpíada, por exemplo. “Vamos apresentar o Brasil para o mundo”, diz.
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