Fotos chocantes da autópsia de Michael Jackson não devem ser exibidas ao júri no julgamento de homicídio culposo do médico do cantor, argumentaram advogados de defesa.

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Mostrar as fotos da autópsia do cantor de "Thriller" coloca em risco o julgamento do médico Conrad Murray em maio, dizem eles. Murray é acusado de causar acidentalmente a morte de Jackson em junho de 2009 ao lhe administrar o poderoso anestésico propofol como indutor de sono, assim com outros sedativos.

"Estas fotos são explícitas, repugnantes e altamente prejudiciais", escreveram os defensores de Murray nos autos do julgamento, divulgados na quinta-feira.

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Eles argumentam que "a apresentação dessas fotos aos jurados irá ameaçar o direito do dr. Murray a um julgamento justo por causa do risco significativo de que o júri baseie sua decisão não na prova exibida, mas no componente emocional, que não deve fazer parte de uma ação criminal."

Murray se declarou inocente de homicídio culposo. Os argumentos de abertura no julgamento estão marcados para 9 de maio. O juiz da Suprema Corte de Los Angeles Michael Pastor deve decidir até o fim do mês se acata o pedido da defesa.

Jackson, morto aos 50 anos, escolheu Murray como seu médico pessoal enquanto ensaiava para uma série de shows em Londres que marcariam seu retorno aos palcos.

Os advogados de Murray também querem que referências a idas de seu cliente a clubes de strip tease, onde conheceu pelo menos uma mulher com quem se envolveu, sejam excluídas das provas.

Ed Chernoff e Nareg Gourjian argumentam que "não há absolutamente nenhuma relevância em toda essa informação sexualmente escandalosa".

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A seleção do júri para o julgamento se desenrola há mais de duas semanas.

Um questionário de 29 páginas, divulgado publicamente na quinta-feira, indaga se os jurados em potencial são fãs de Jackson ou de sua família, se conhecem alguém viciado em remédios com receita médica, se acham que celebridades recebem tratamento diferenciado no sistema de justiça e se estão familiarizados com o anestésico propofol ou outros medicamentos.

Os advogados de Murray deram a entender em outras audiências que Jackson se tornou dependente de propofol, e planejam argumentar no julgamento que o cantor administrou a dose fatal em si mesmo.

Murray pode receber uma pena de quatro anos de prisão se for julgado culpado.

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