Depois de fracassar nos Estados Unidos, Quentin Tarantino chega nesta terça-feira (22) no Festival de Cannes para apresentar seu novo filme, "À prova de morte" ("Deathproof", no original), que concorre à Palma de Ouro.
O projeto é uma homenagem da dupla de diretores aos filmes B dos anos 1970, que costumavam ser exibidos de dois em dois nos cinemas do gênero. Na versão lançada nos EUA, foram incluídas simulações de trailers "trash" e defeitos de exibição propositais, tais como arranhões na tela e interferências sonoras, o que causou estranhamento no público.
Com um orçamento de cerca de US$ 53 milhões, "Grindhouse" rendeu US$ 11,6 milhões e ficou em quarto lugar em seu fim de semana de estréia nos EUA, longe dos cerca de US$ 25 milhões faturados por "Kill Bill vol.1" e "vol.2", em 2003 e 2004, respectivamente.
A crítica americana torceu o nariz para "Grindhouse" não só por suas três horas de duração, considerada excessiva, mas também por seu conteúdo irregular, com "mais entusiasmo do que coerência", segundo texto do "New York Times". "Os filmes são sangrentos, idiotas e instáveis de uma forma infantil", publicou o "Washington Post" à ocasião do lançamento.
Agora, a participação de Quentin Tarantino no Festival de Cannes vai mostrar se é o diretor que não mereceu o público ou se são os americanos que não merecem Tarantino.
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