Budas gigantes do Afeganistão
Os Budas de Bamiyan eram duas enormes estátuas construídas entre os séculos IV e V na região central do Afeganistão. O maior deles media 53 metros de altura e seu corpo era talhado direto na pedra. Foram construídos numa época em que a região era ocupada por monastérios budistas, antes do domínio islâmico no século IX. As estátuas foram dinamitadas em 2001 pelo Talibã, após declarar que elas representavam ídolos. Hoje, o governo do país discute se deve reconstruir as estátuas ou deixar o local vazio, como uma lembrança do mal que o fundamentalismo é capaz de fazer.
Cidade de Palmira na Síria
A cidade histórica de Palmira ficou sob controle dos militantes do Estado Islâmico entre maio de 2015 e março de 2016. Construída em meio a um oásis, ela abrigava as ruínas de um importante centro cultural do mundo antigo, considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Durante o tempo em que dominaram a cidade, os militantes explodiram diversas construções, saquearam imagens e explodiram o templo de Bel, o mais importante do conjunto arquitetônico, e o de Baalshamin, que data do século I.
Patrimônio assírio no Iraque
Desde 2014, resquícios da cultura assíria são alguns dos principais alvos do Estado Islâmico no Iraque. No início de 2015, eles divulgaram vídeos mostrando a destruição a marretadas de estátuas e esculturas com mais de três mil anos. Um touro alado que guardava a entrada da antiga cidade de Nínive e representava a cultura assíria ficou em ruínas. Uma semana depois, eles marcharam até as ruínas de Nimrud, uma cidade do século XVII A.C., onde destruíram o palácio principal e saquearam estátuas. Em abril deste ano, voltaram a Nínive e demoliram portas usando máquinas retroescavadoras.
Santuários sufistas de Timbuktu
Ao contrário dos manuscritos, os prédios históricos, mesquitas e templos da cidade não passaram incólumes à sanha destruidora da Al-Qaeda. Várias construções que prestavam homenagem aos sábios sufistas que viveram ali séculos atrás foram destruídas pelos invasores. Na última segunda-feira, dia 22, o jihadista Ahmad Al Faqi Al Mahdi se declarou culpado frente ao Tribunal Penal Internacional pela destruição de nove mausoléus e da porta de uma mesquita. Ele se tornou a primeira pessoa a ser julgada por esse tipo de crime, e pode ser condenado a até 30 anos de prisão.