Diluído pelo simplismo

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Dave Spritz (Cage) tem baixa auto-estima e enfrenta uma crise existencial. O Sol de Cada Manhã narra a busca do personagem pela resolução dessa crise. Encontra ressonância em As Confissões de Schmidt (Alexander Payne), sobre um homem de meia-idade que repensa sua vida depois da morte da mulher. Os filmes compartilham o olhar cruel que transforma os personagens em coitados para desmistificar certos valores sociais. São menos tentativas de desconstruir ou de entender a vida dos EUA do que banais cacoetes de cinismo pontuados por simplificações rasteiras. Se buscava estilo, Verbinski não conseguiu realizar mais do que um filme maneirista. Mas, pelo menos, sua conclusão – a aceitação de si e do mundo como eles são – é um tratamento menos reacionário que aquele de Payne ou Sam Mendes (Beleza Americana). GG