Serviço
Dionne Warwick. Sexta-feira (29 de agosto), às 21h. Teatro Positivo (Rua Prof. Viriato Parigot de Souza, 5300). Entrada: entre R$ 100 e R$ 250, de acordo com o setor. A meia-entrada é para estudantes e maiores de 60 anos. Pontos de venda: Disk Ingressos (pelo telefone 41 3315-0808 ou nos quiosques dos shoppings Mueller e Curitiba) ou nas bilheterias do Teatro Positivo.
A americana Dionne Warwick traz seu filho e sua neta ao palco do Teatro Positivo, em Curitiba, no próximo dia 29. O encontro de gerações embalará clássicos dos 46 anos de carreira da cantora, além de algumas surpresas brasileiras no repertório. Foi o que confirmou Dionne em entrevista à Gazeta do Povo, por telefone, sem adiantar nenhuma canção. "Isso vocês só vão saber se assistirem à apresentação", disse ela, aos risos.
A cantora, que deu voz a sucessos como "I Say A Little Prayer", tem uma relação estreita com o Brasil. Em 1995, ela lançou o álbum chamado "Aquarela do Brasil", com composições de Tom Jobim. Sua última passagem por Curitiba foi há um ano e, desta vez, ela apresenta uma homenagem à Bossa Nova, que recém-completou 50 anos de existência. "É um ritmo maravilhoso e conhecido no mundo todo. Eu amo", disse Dionne, que foi apresentada à música brasileira nos anos 60 com "Garota de Ipanema".
Na turnê brasileira, que já passou por Ribeirão Preto e São Paulo e seguirá antes de Curitiba por Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, Dionne sobe pela primeira vez ao palco junto ao filho David Elliott e a neta Cheyenne Elliott. "Eles têm suas próprias carreiras na música e é maravilhoso ver os dois juntos. Eu já cantei ao lado de Cheyenne no Brasil, mas será a primeira vez com os dois juntos", contou. No repertório, não devem faltar músicas como "Walk On By", "Say A Little Prayer" e "Thats What Friends Are For", entre outras.
A turnê de Dionne Warwick pelo Brasil em 2007 rendeu a gravação de um DVD ao lado de vários nomes da música brasileira como Jorge Ben Jor, Ivan Lins e Simone. O projeto ainda não foi lançado, e segundo Dionne, "está em fase de finalização e deve ser lançado até o Natal". Sobre todas as colaborações já feitas com artistas da música brasileira, Dionne não revelou preferências. "Eu amei todos com quem trabalhei", disse ela.
Confira a entrevista com Dionne Warwick na íntegra:
Esta será a primeira vez que você se apresentará no Brasil ao lado de seu filho e neta. O que este encontro de gerações representa para você ao ver sua família seguindo seus passos e fazendo música ao seu lado?
É maravilhoso. Eles têm as suas próprias carreiras na música e é maravilhoso ver os dois juntos. Eu já cantei ao lado de Cheyenne no Brasil no início do ano, mas será a primeira vez que eu subo no palco com os dois juntos no Brasil.
A sua ligação com o Brasil não é de hoje. Você, inclusive, lançou um CD em 1995 chamado "Aquarela do Brasil", com composições de Tom Jobim. No show comemorativo que você fará no fim do mês, você prestará uma homenagem à Bossa Nova. O que neste ritmo fez com que você se aproximasse desta forma?
É um ritmo maravilhoso, conhecido no mundo todo. Eu amo.
Você lembra quando foi a primeira vez que ouviu música brasileira? Qual foi a música ou artista?
Foi há muito tempo, por volta dos anos 60. A primeira música que eu ouvi foi "Garota de Ipanema".
De acordo com um artigo publicado no New York Times em 1987, músicas como "Walk On By" e "I Say A Little Prayer" foram responsáveis por colocar a bossa nova dentro do pop mainstream americano. Você concorda?
Não muito. Muitas das minhas músicas têm certo sentimento bossa nova, mas não foram as únicas responsáveis por isso.
Você já trabalhou com vários artistas brasileiros. Há alguma parceria que seria a mais especial para você?
Não, eu amei todos com quem eu já trabalhei.
Você conhece algum artista brasileiro da atualidade? Quais?
Não conheço. Espero que eu possa conhecer na minha próxima viagem ao Brasil.
Que local no Brasil você mais gosta de visitar? Por quê?
Eu adoro o Brasil como um todo. Tive o privilégio de visitar a maioria dos lugares, mas não há nenhum em especial.
Você sempre teve preocupações humanitárias, e se tornou, inclusive, embaixadora global das Nações Unidas. Você acha importante esta relação entre artistas do mundo da música com outras ações?
Eu acho muito importante. Como um artista você tem a oportunidade de passar uma mensagem não só pela música, mas também por outros meios. As pessoas ouvem o que você tem a dizer.
Você lançará em setembro um livro para crianças chamado "Say a Little Prayer". A vontade de escrever não só canções, mas também livros existe há quanto tempo?
Sim. Eu sempre gostei das duas coisas. Palavras são muito poderosas, especialmente se são ditas da maneira certa. É isso que eu pretendia.
Sobre seus projetos futuros, você disse em seu site oficial que irá gravar um CD composto de músicas de Sammy Cahn. Como surgiu a idéia deste trabalho?
A produtora que tem os direitos das canções me fez o convite e eu aceitei. São músicas maravilhosas.
Já sabe quando deve ser lançado?
Provavelmente no ano que vem.
Seu último CD, chamado "Why We Sing", é composto de músicas gospel. Este foi, inclusive, o ritmo com o qual você começou sua carreira musical. Como é lançar um CD deste gênero depois de mais de 45 anos de carreira?
Cantar músicas gostel é maravilhoso. Eu estou muito orgulhosa deste trabalho, é um dos melhores da minha carreira.
Religião é algo que sempre permeou sua vida pessoal e musical?
Sim.
Neste show em Curitiba, o repertório será composto dos seus maiores sucessos ou irá prevalecer algum disco específico?
Eu vou cantar alguns dos meus clássicos, além de algumas músicas brasileiras. Vou fazer duetos com meu filho e minha neta e eles também terão seus próprios solos na apresentação.
Há alguma música que não deve faltar?
Com certeza vou cantar músicas que eu já conheço há anos como "Walk On By", "Say A Little Prayer", "Thats What Friends Are For".
E quanto às músicas brasileiras?
Isso vocês só vão saber se assistirem à apresentação.
Um show da sua última turnê no Brasil, em 2007, foi registrado em DVD e contou com várias participações de artistas brasileiros. O trabalho seria lançado em maio, mas ainda não chegou às lojas. Há alguma previsão?
Não tenho certeza. Ainda está na fase de finalização, deve ser lançado por volta do Natal.
Para a turnê deste ano, você prepara alguma surpresa?
A surpresa é a presença do meu filho e de minha neta.
Em 2006, você participou da final do programa American Idol. O que você acha desta nova geração de cantores que desponta por meio de reality shows?
Existem alguns artistas maravilhosos.
O que você aprendeu com esta experiência?
Eu adorei fazer, mas na verdade espero que eles tenham aprendido alguma coisa comigo.
Você acredita que um artista que não passou por todas as fases para alcançar o estrelado e já desponta como finalistas do programa consegue ter uma carreira bem-sucedida no meio musical?
É uma pergunta impossível de se responder. Depende do artista e das escolhas que cada um faz.
Você acha importante que o artista passe pelas "pedras" encontradas no início de carreira?
Sim.
O que você acha que um artista precisa ter para ter uma carreira de sucesso como a sua?
Eles têm que realmente querer. Existem pontos positivos e negativos, você tem que aprender a lidar com todos. Você tem que realmente amar isso.
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