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Berlim – Quanto Sandra Werneck estreou Amores Possíveis no Festival de Sundance, declarou ao Caderno G que tratava-se de um filme sobre o destino e que ela acreditava no destino. "Acho que o filme está inaugurando minha carreira internacional", afirmou. E estava certa.

De lá para cá, muitos eventos internacionais rolaram. Sandra teve um enorme sucesso com Cazuza – O Tempo não Pára (que atraiu 3,5 milhões de espectadores) e agora está exibindo Meninas, seu novo filme, na prestigiada mostra Panorama da 56ª edição do Festival de Berlim.

Em entrevista ao Caderno G, Sandra falou de sua volta ao documentário, gênero no qual realizou filmes como Damas da Noite (1987) – sobre prostituição infantil – e A Guerra dos Meninos (1991), a respeito de crianças no tráfico.

"Quando eu estava terminando Cazuza, o Brasil vivia uma fase de esperanças com Lula, uma ansiedade da população pela retomada dos projetos sociais, acho que todo aquele clima me entusiasmou e eu tive vontade também de realizar alguma coisa nessa linha. Além disso, eu queria sair de um filme grandioso, como foi Cazuza, para algo menor, mais íntimo. No caso do tema de Meninas, acho que, como mãe, meu papel principal, tinha curiosidade de saber o que se passa na cabeça de uma adolescente quando descobre que está grávida", afirmou.

O documentário segue o cotidiano de quatro meninas entre 13 e 15 anos que vivem nas favelas do Rio. "Entrevistamos 110 candidatas em diversos estados do Brasil para chegar às quatro adolescentes", contou Sandra.

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