Discos de cabeceira

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Dary Jr., 34 anos, vocalista da banda de rock Terminal GuadalupeSmile (2004), de Brian Wilson

"É a ópera pop de Brian Wilson. Jazz, folk, surf music, soul e o pop mais adocicado se combinam nesta sinfonia que quase fundiu a cuca do líder dos Beach Boys. Meus olhos marejaram enquanto assistia ao documentário sobre o período entre a gravação, o abandono do projeto, a retomada e o lançamento oficial da obra. Foram 37 anos. Devo confessar que meu interesse por Wilson é recente. Mas Smile está no meu pódio estrangeiro imaginário, junto com The Queen is Dead, dos Smiths, e Rocket to Russia, dos Ramones."

Rogéria Holtz, 39 anos, cantoraBeleléu (1980), de Itamar Assumpção e Banda Isca de Polícia

"Há uma diferença entre o disco que mudou a sua vida e o que você levaria para uma ilha deserta. Vou ficar com o Beleléu, que foi um marco para mim. Sou de Itararé (SP) e, na adolescência, ouvia os discos que os amigos traziam da capital. E este, independente e de vanguarda, mudou o meu jeito de pensar. Tudo era diferente. Os vocais, o suingue, a poesia... O Itamar morreu e foi esquecido. Mas eu tenho certeza que ele será lembrado e reconhecido no futuro."

Mariana Sanchez, 24 anos, jornalista e DJWandula (2002), de Wandula

"Em qualquer outra ocasião, eu provavelmente optaria por Food for Thought, o primeiro disco dos JB’s. Mas, para uma ilha deserta, eu certamente levaria algo mais intimista. Então escolho o primeiro CD do grupo curitibano Wandula, que conheci em um show no Teatro do Paiol. É um disco muito melódico, bem arranjado e cheio de sensibilidade. Acho que é um dos meus preferidos, porque inevitavelmente me remete àquele conflito antigo de amor e ódio que todos temos com Curitiba."

Thadeu Wojciechowski, 54 anos, poeta e compositorAre You Experienced? (1967), de Jimi Hendrix Experience

"O primeiro disco do Jimi Hendrix mudou completamente a minha vida. Eu ouvia Beatles, Rolling Stones, Jovem Guarda, Roberto Carlos... Mas, depois do Hendrix, todo o resto pareceu velho, formal. Ele cantava e tocava com a alma, era a própria vida. Todo o meu amor à música eu devo ao Hendrix. Depois de conhecê-lo, passei a fazer música também. Hoje tenho mais de mil composições e continuo ouvindo seus discos."