Diversão garantida

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No mês das férias escolares, as produções infantis foram as únicas estreias fortes nas salas de cinema brasileiras. Shrek para Sempre – O Capítulo Final lidera a lista das cinco maiores bilheterias do fim de semana passado no país, com R$ 10,6 milhões arrecadados somente de sexta a domingo. Toy Story 3 aparece em quarto, com R$ 1,8 milhão.

Quem já assistiu a essas duas ótimas animações não pode deixar de completar a trilogia com Ponyo – Uma Amizade Que Veio do Mar, último filme do gênio japonês Hayao Miyazaki, ainda em pré-estreia.

Miyazaki é diretor de A Viagem de Chihiro, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim em 2002 e do Oscar de melhor animação em 2003, e de O Castelo Animado (2004). Na nova produção, financiada pela Disney, Miyazaki conta uma emocionante história de amizade entre Ponyo, uma "peixinha" cor-de-rosa que vive num reino encantado, e o menino de cinco anos Sosuke.

Boas histórias

O primeiro filme que Amanda Jansen Lopes, de 11 anos, viu durante as férias foi a continuação da franquia Shrek, sua animação preferida.

No capítulo final da franquia, o ogro verde se entedia com a vida pacata e feliz que leva no reino encantado de Tão Tão Distante e, para reaver a velha fama de mau, faz um pacto com o maldoso negociante Rumpelstiltskin. Imedia­tamente, vai parar em uma realidade paralela onde ninguém, nem mesmo Fiona, se lembra dele. Para quebrar o feitiço, Shrek terá que correr contra o tempo para reconquistar a esposa com um beijo apaixonado.

O longa dirigido por Mike Mitchell não é melhor do que o primeiro, mas supera em qualidade os dois filmes anteriores ao propor uma espécie de crise de identidade de Shrek, além de situações de protagonismo feminino – no plano onde Shrek vai parar, a dona-de-casa Fiona é a líder de uma revolução dos ogros contra a opressão do tirano Rumpels­tiltskin. Não faltam as típicas situações engraçadas dos filmes de Shrek, bem pontuadas em um roteiro que se preocupa em contar uma boa história mais do que fazer rir.

Toy Story 3 chegou aos cinemas 15 anos depois do lançamento do primeiro filme, para encerrar em grande estilo a trajetória do caubói Woody e do herói espacial Buzz Lightyear e refirmar o posto de clássico conquistado pela franquia.

3D

O 3D, tecnologia que acompanha Shrek e Toy Story, é usado com parcimônia, para que os efeitos especiais não se sobreponham ao mais importante: o roteiro. Os dois filmes vêm para provar que é possível, sim, contar boas histórias utilizando os benefícios do 3D – contrariando produções adultas como Avatar, de James Cameron.