O público curitibano ligado em artes visuais está com a agenda abarrotada. Cerca de seis exposições abriram durante a semana, reunindo uma variedade de artistas, estilos e técnicas.

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A 7.ª Mostra de Arte Tridimensional João Turin, a coletiva de artistas do Espaço de Arte Jayabujamra e a exposição individual de Osmar Carboni fazem parte da programação, que ainda inclui a mostra individual de André Rigatto, as experimentações de Rosana Fabri e as obras temáticas de Christina Araújo. Opções não faltam e são um bom programa para o final de semana.

A artista plástica Christina Araújo sempre criou obras conceituais e dedica-se, principalmente, à linguagem abstrata em telas e instalações. Entretanto, a exposição Mudança de Estação, aberta na nova Zilda Fraletti Galeria de Arte, difere muito de seus trabalhos anteriores.

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Ela optou por homenagear a entrada da primavera por meio da delicadeza e leveza das flores, que são apresentadas em 15 pinturas e mais de 80 painéis fotográficos. "É importante mudar o foco um pouco e se dedicar a outros projetos. Gosto de trabalhos temáticos, que envolvem imagens ligadas à natureza, viagens e paisagens marinhas", conta. A exposição de Christina inaugura as novas instalações do espaço de Zilda Fraletti, que passou por uma reforma e por mudanças na administração.

Nova geração

A nova geração de artistas também marca presença. O catarinense André Rigatti, de 23 anos, apresenta no Goethe-Institut, 20 peças que utilizam técnicas mistas de desenho e colagem. Os trabalhos demonstram a preocupação do artista com a colocação e a justaposição de objetos no espaço, representado pela folha de papel, que ganha a função de campo expandido. "Reproduzo a ação dos objetos, como se eles estivessem se deslocando através deste campo, que é um espaço de acolhimento. O resultado final é o congelamento dessa ação visual", explica.

Enquanto os desenhos são formados por objetos em miniaturas, que transmitem sensações mais íntimas e frágeis, inspiradas em imagens do inconsciente e técnicas orientais, as colagens são feitas a partir de padronagens que remetem à colonização dos italianos no Brasil.

A artista plástica Rosana Fabri, por sua vez, abusa do inusitado e cria tatuagens comestíveis a partir de massa de pastel caseira e anilina. As peças podem ser conferidas até novembro no Museu de Arte Metropolitana (MuMA), no Centro Cultural Portão, ao lado de painéis didáticos que explicam a história da tatuagem e os seus perigos para os jovens.

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Classificado pela artista como "culinária aplicada", o trabalho buscou na religião os principais símbolos e códigos a serem utilizados, entre eles a cruz, a espada e o Sagrado Coração.

Há três anos, Rosana pesquisa materiais para criar as tatuagens e optou pela massa crua de pastel, por ser semelhante à textura da pele humana. "A massa reage a várias influências externas como o toque, a umidade e a temperatura como a pele", explica a artista.

Serviço: Mudança de Estação, de Christina Araújo. Zilda Fraletti Galeria de Arte (Av. Batel, 1.750), (41) 3026- 5999. Até 15 de outubro.

Tatuagens Comestíveis, de Rosana Fabri. MuMA (Centro Cultural Portão – Av. República Argentina, 3.430), (41) 3314-5066. Entrada franca. Até 6 de novembro.

André Rigatti. Goethe-Institut (R. Reinaldo S. de Quadros, 33), (41) 3262-8244. Até 22 de outubro.

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