É fácil compreender a fenomenal popularidade do DJ Skrillex entre a garotada americana. Invariavelmente, lá pelo meio de suas faixas, um grave triturador, tal como uma guitarra de heavy metal, entra em cena, dando o peso necessário para que o borbulhar de hormônios se apazigue temporariamente. A música é crassa, lembra um gigante com indisposição gástrica remixado por um DJ de eletro pop. Tem as sugestões fantasmagóricas do nu metal dos anos 90 mescladas à música de pista em sucintos hits de quatro minutos: um Limp Bizkit do mundo de bips e beats.
Mas sua força cultural é insofismável. O gênero encabeçado por Skrillex, conhecido como dubstep, uma variante popularesca da música eletrônica underground britânica que leva o mesmo nome, tem permeado diversas fendas do universo pop, e se estabelece em festivais e raves americanos como a trilha sonora dos anos rebeldes da geração adolescente atual.
O DJ foi indicado para cinco Grammys este ano. Levou três e tocou no evento junto a David Guetta, outro ícone das pick-ups populares, que trabalha em um gênero completamente diferente. Como Skrillex - DJ de 25 anos, que toca em São Paulo no dia 8 de abril, parte do line up do festival de rock Lollapalooza - chegou aos Grammys é uma história emblemática para a ascensão desta cria de dubstep.
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