O foco da companhia Ícaro se volta para a dança moderna e clássica| Foto: Renato Hatsushi
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O primeiro estágio é o inferno. Os bailarinos se movem sem domínio de si mesmos, controlados feito marionetes, ao som de música sacra. A medida em que são tocados por sentimentos humanos, um tanto de raiva, luxúria, amizade e amor, sobem ao purgatório. O mais alto posto, o céu, aproxima o humano do divino, enquanto os corpos dançam "Jesus, Alegria dos Homens", a letra escrita por Vinícius de Moraes para a música de Bach.

Pelos três momentos do pós-morte passam os paulistas da Ícaro Cia. de Dança, no espaço de uma igreja, durante o espetáculo Bach Barock Brasilien (confira o serviço). A coreografia estreou em agosto de 2008, em São Paulo, e percorreu o circuito dos Centros Educa­­cionais Unificados daquele município. Neste fim de semana, vem a Curi­­tiba, onde será apresentada no Teatro da Caixa.

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O foco da companhia se volta para a dança moderna e clássica, inspirada em criadores como Balan­­chine e Maurice Bejart.

Toda a concepção do espetáculo se deu ao redor do compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750), o homenageado. "Barock" faz alusão a barroco, a estética mu­­sical da qual foi mestre. "Brasi­­lien" é referência aos músicos brasileiros por ele influenciados, co­­mo Vinícius.

Bach se faz presente na trilha so­­nora, mas a obra foi construída pelo diretor e coreógrafo residente Glau­­co Fernando a partir de poemas de um contemporâneo dele, o dramaturgo Andreas Gryphius.