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Av. Sete de Setembro: umas das vias estruturais do plano urbanístico de Curitiba | Reprodução
Av. Sete de Setembro: umas das vias estruturais do plano urbanístico de Curitiba| Foto: Reprodução
  • Irã Taborda Dudeque: lançamento do livro será acompanhado de palestra na PUCPR

A história do urbanismo em Curitiba é contada com requintes literários e belas fotografias no livro Nenhum Dia sem uma Linha – Uma História do Urbanismo em Curitiba, que o pesquisador curitibano Irã Taborda Dudeque lança hoje, às 19 horas, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

A cidade se descortina quando o poeta, copo de uísque à mão, as­­pergiu a bebida na parede e declarou aberto o teatro "Paiol de Pólvora". O poeta era ninguém me­­nos do que Vinícius de Moraes, que liderou o show de inauguração do Teatro Paiol, em 1971, ao lado de Toquinho, Marília Medalha e o Trio Mocotó.

A introdução do livro de Dudeque, denominada "Da Lama ao Uísque", revela o sabor da história contada por este arquiteto e historiador que não pende para nenhum lado. "Os profissionais da arquitetura costumam ser eufóricos, pois acreditam que podem mudar o mundo com o poder das ideias, dos projetos e do planejamento. Os historiadores, ao contrário, costumam ser melancólicos, pois convivem com os testemunhos dos fracassos humanos. A tendência do arquiteto é assumir a defesa dos projetos urbanísticos; a obrigação do historiador é analisar com isenção as conjunturas passadas. O livro tenta se equilibrar em meio a esses dilemas", diz Dudeque, professor nos cursos de Arquitetura e Urbanismo da PUCPR e da Universidade Positivo.

Destinado a um público amplo e, em particular, a urbanistas, arquitetos e críticos de arquitetura de todo o Brasil, além de engenheiros, críticos de arte, historiadores, pesquisadores, estudantes, professores, o livro foi escrito a partir da tese de doutorado defendida pelo autor em 2005 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP).

A publicação é dividida em três momentos da cronologia urbana: começa com a epidemia de febre tifóide em 1917, quando o projeto urbanístico teve de interagir com programas de caráter sanitário, já que a doença se alastrou por causa das deficiências da infra-estrutura urbana; passa pelo Plano Agache na década de 40, que surge como uma estratégia de governo do presidente Getúlio Vargas que se revelaria desproporcional à realidade curitibana; prossegue com o estabelecimento de um no­­vo plano urbanístico aplicado, em 1971, pelo então prefeito Jaime Lerner, até hoje em vigência com várias alterações; e termina com a inauguração do Museu Oscar Niemeyer, em 2002.

Serviço:

Nenhum Dia sem uma Linha: uma História do Urbanismo em Curitiba, de Irã Taborda Dudeque. Lançamento do livro com palestra do autor no Auditório John Henry Newman da PUCPR (R. Imaculada Conceição, 1155), seguida de autógrafos no Museu da PUCPR. Dia 9, às 19 horas.

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