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Cena do filme “Brexit”: cinema como arma política | /Reprodução
Cena do filme “Brexit”: cinema como arma política| Foto: /Reprodução

A campanha para o referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia tomou um novo rumo nesta quarta-feira, quando apoiadores do Brexit levaram ao tapete vermelho a estreia de um documentário a favor da sua causa.

O líder do partido antieuropeu UK Independence Party (UKIP), Nigel Farage, sorriu e acenou para centenas de partidários em Londres, incluindo homens com gravatas-borboletas estampadas com a bandeira do Reino Unido e camisetas onde se lia: “É hora de se separar”.

‘Brexit the Movie’ (Brexit, o filme), lançado no Youtube na quinta-feira, combina entrevistas com economistas, políticos e pequenos comerciantes que defendem a saída do bloco com desenhos animados, contando a história da União Europeia e seu funcionamento.

“É fabuloso! É uma contribuição ao debate”, disse Farage em um coquetel antes do evento, que aconteceu no Cinema Odeon, na Leicester Square, com a presença de legisladores e financiadores do documentário.

Durante a exibição, o público aplaudiu uma menção à Magna Carta, documento de 1215 que é visto como uma pedra angular das constituições modernas.

A plateia vaiou quando apareceram imagens de arquivos do ex-primeiro-ministro Edward Heath assinando a adesão à Comunidade Econômica Europeia em 1973, e um espectador gritou: “Enforquem-nos!”.

Financiamento coletivo

O filme destaca a prosperidade de alguns estados europeus fora da UE, como a Suíça, defendendo que o Reino Unido volte a ser “a potência comercial e de negócios que foi no século XIX”.

Entre os entrevistados há um pescador que culpa as taxas impostas pela UE pela crise da indústria pesqueira e um comerciante de açúcar que se queixa dos altos preços de importação de produtos de países de fora do bloco.

Outra cena mostra o ex-editor do tabloide The Sun Kelvin MacKenzie dizendo: “A expressão que eu realmente odeio é ‘soberania compartilhada’. É uma merda!”.

O diretor, Martin Durkin, agradeceu às 1.800 pessoas que contribuíram com dinheiro para a realização do filme, através de uma campanha de financiamento coletivo.

“A UE é uma organização enorme, que gosta do poder e do dinheiro. E o lado sinistro disso é que se trata do nosso poder e do nosso dinheiro”, disse à plateia.

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