O diretor de cinema Emir Kusturica concluiu as filmagens do documentário sobre o ex-jogador de futebol argentino Diego Armando Maradona e anunciou que o filme poderá ser lançado antes do próximo Festival de Cannes, em maio.

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No documentário, Maradona revela a Kusturica que começou a usar drogas quando ainda estava no Barcelona, mas que só foi "descoberto" mais tarde, na Itália. O diretor conta, ainda, que Maradona não compareceu a uma audiência com o Papa João Paulo II por ter ingerido, naquele dia, "uma grande dose de narcóticos".

O longa terá sete capítulos, cada um relacionado a um pecado capital. Segundo o cineasta, todos começarão com lances famosos do jogador, entre eles o gol que o craque marcou em um jogo da Argentina contra a Inglaterra, pouco depois da Guerra das Malvinas.

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O filme, intitulado "No te olvides de Fiorito", foi rodado durante um ano e meio em Buenos Aires, onde Maradona nasceu, assim como em Belgrado, na Itália, em Barcelona e em Cuba.

Kusturica afirmou que o documentário sobre o ex-craque foi um "teste difícil". E contou que viajou três vezes à América do Sul para conhecer melhor o jogador, já que precisava de uma história íntima sobre como o ex-craque caiu no "infeliz redemoinho da glória" ao se viciar em drogas.

- Ele entrava em conflito com cada autoridade, mostrando assim o traço básico de sua personalidade. A maioria dos conflitos aconteceu em clubes nos quais os ricos empresários exigiam mais disciplina dele - explicou o cineasta.

- Na verdade, ele se rebelava contra a organização, contra a ordem - completou.