• Carregando...
Titãs – A Vida Até Parece Uma Festa nasceu do desejo dos músicos de registrar sua trajetória | Divulgação
Titãs – A Vida Até Parece Uma Festa nasceu do desejo dos músicos de registrar sua trajetória| Foto: Divulgação

Prateleira

Conheça alguns documentários musicais brasileiros produzidos recentemente e seus respectivos "personagens"

Coração Vagabundo (2008), de Fernando Grostein Andrade (Caetano Veloso)

Mamonas, o Doc (2008), de Cláudio Kahns (Mamonas Assassinas)

Herbert de Perto (2008), de Roberto Berliner e Pedro Bronz (Herbert Vianna)

O Mistério do Samba (2008), de Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda (Velha Guarda da Portela)

Um Homem de Moral (2008), de Ricardo Dias (Paulo Vanzolini)

Simonal – Ninguém Sabe o Duro Que Dei (2009), de Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal (Wilson Simonal)

Loki - Arnaldo Baptista (2008), de Paulo Henrique Fontenelle (Arnaldo Baptista)

Titãs – A Vida Até Parece Uma Festa (2008), de Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves (Titãs)

  • As Cantoras do Rádio, do curitibano Gil Baroni, exalta a Era do Rádio
  • Paulo Vanzolini: carisma
  • Berliner usou mais de 300 horas de imagens para compor Herbert de Perto
  • Loki: história de Arnaldo Baptista

Vinicius de Moraes, Paulo Vanzolini, Nelson Freire, Ar­­naldo Baptista, Wilson Simonal, Caetano Veloso, Chico Buarque, Herbert Viana, Marisa Monte, Mamonas Assassinas, Titãs.

Estes são só alguns nomes da música popular brasileira que já não são vistos e ouvidos apenas em CDs ou DVDs com gravações de shows ao vivo. Agora eles também são astros de filmes dedicados à sua vida e obra.

Nos últimos anos, há um verdadeiro boom de "documentários musicais". A ponto de atrair para o país um festival internacional dedicado exclusivamente ao gênero, o catalão In-Edit, há sete anos realizado na Es­­panha, Chile, México e Argen­tina – a primeira edição ocorreu em São Paulo, de 25 de ju­­nho a 5 julho, e no Rio de Janei­­ro, de 9 a 12 de julho.

Mas é ingênuo pensar que o cinema brasileiro só agora se deu conta de que a música poderia render um bom material. Há muitos anos se presta tributo a cantores, instrumentistas e compositores via sétima arte. Se só agora eles pipocam, isso se deve certamente às facilidade de produção trazidas pelas novas tecnologias, principalmente a digital, e pelo maior número de editais públicos para o setor audiovisual.

Alguns diretores já lidam com os "temas" de seus filmes há décadas. Roberto Berliner é um deles. As cerca de 300 horas de imagens que coleciona há mais de 20 anos acompanhando a trajetória do trio Paralamas do Sucesso foram utilizadas para ilustrar o documentário Herbert de Perto, sobre a vida do vocalista e compositor da banda Herbert Vianna.

O longa-metragem digital, que estreia em 9 de outubro, nasceu de um desejo de Ber­liner, com codireção com Pedro Bronz, de fazer algo em solidariedade a Herbert, que se recuperava de um acidente de ultraleve, em 2001, que o deixou paraplégico e o fez perder parte de sua memória. "O filme é a relação dele com a memória ou com a falta dela", conta Ber­liner.

Se Herbert de Perto tem como motivação o afeto a um amigo, Titãs – A Vida Até Parece Uma Festa nasceu de um desejo dos próprios músicos da banda paulistana de registrar sua trajetória. Dirigido pelo vocalista e compositor Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves (responsável pelos videoclipes das canções "Epitáfio" e "Isso"), o longa enxugou 200 horas de filmagens feitas ao longo de duas décadas para mostrar os bastidores da formação, entre elas cenas de apresentações do grupo em programas de auditório, entrevistas e videoclipes.

Um verdadeiro tesouro para os fãs da banda, que poderão acompanhar, sob o ponto de vista dos integrantes, os momentos que mais marcaram a carreira de uma das principais formações do rock nacional. Mas cinema não é só registro para fãs. Precisa ter qualidade. Ao se propor a fazer documentários musicais com gente tão carismática como o compositor Paulo Vanzolini (tema de Um Homem de Moral, de Ricardo Dias), é preciso apurar ainda mais o cuidado estético. Sob pena de o personagem engolir o filme.

No Paraná, o diretor Gil Baroni se aventurou pelo gênero com a produção As Cantoras do Rádio uma homenagem a quatro divas da era do rádio: Car­mélia Alves, 86 anos, Vio­­leta Cavalcanti, 86, Car­­minha Mas­carenhas, 80, e Ellen de Lima, 70. Antes de filmar, Baro­­ni conta que assistiu a alguns documentários inspiradores como Vinícius, de Miguel Faria Jr., Cartola, do Lírio Ferreira, e Bue­­na Vista Social Club, de Wim Wenders.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]