Dois Ewan McGregor e duas Scarlett Johansson protagonizam o mesmo filme, "The Island" (A Ilha), película de ficção científica que utiliza a clonagem como atrativo para duplicar também a bilheteria.
- Sei que o verão (no Hemisfério Norte) é competitivo, sempre é, mas nosso filme oferece um conceito completamente original, que responde à pergunta de 'Até onde você iria para alcançar a vida eterna?' - resume à agência EFE o diretor do longa-metragem, Michael Bay.
Mais conhecido por suas estréias carregados de ação ("The Rock"), perseguições ("Bad Boys") o explosões ("Armageddon"), Bay quer acrescentar a esta ocasião um toque filosófico a esta mistura de recursos que, como nos casos anteriores, espera que ofereça um resultado milionário a arrecadação.
- Antes de tudo, temos que entreter o público - admite. - Mas dentro de toda a verborragia que há na ficção científica, 'A Ilha' tem um coração humano, essa parte que insiste em perguntar quem não quer viver para sempre - acrescenta Bay, cuja película estréia nesta sexta nos Estados Unidos.
As 140 páginas do roteiro do britânico Caspian Tredwell-Owen captaram a atenção do cineasta Steven Spielberg, que, muito ocupado para levá-lo a cabo e sem um clone para ajudar, passou a história a Bay.
"A Ilha" recebe seu título desse lugar paradisíaco do qual os habitantes de una colônia futurista, todos jovens, belos e sãos, vão supostamente vão desfrutar pelo resto de suas vidas.
Ao menos nisso eles crêem, até que descobrem que não são mais do que clones de una civilização que desconhecem e que os cria como armazéns vivos de órgãos para transplantes.
Como admite Bay, ele mesmo seria o primeiro a aceitar prolongar sua vida por qualquer preço, mas depois de ver o próprio filme, parece não querer "ser clonado".
Como pontua o realizador todo o tempo, "A Ilha" é ficção científica e o objetivo é entretenimento e uma arrecadação que justifique o investimentos de US$ 120 milhões.
Mas a história também levanta polêmica,. por tratar de um tema incendiário, a clonagem de humanos.
- O filme não faz qualquer crítica ao estudo de células-tronco porque, para começar, defendo este tipo de pesquisa - explica.
O diretor lembra, ainda, que é cientificamente impossível clonar adultos como sugere o filme, que transcorre em um futuro próximo.
Já a ciência cinematográfica permitiu a Ewan McGregor trabalhar cara a cara com seu clone, ambos interpretados pelo ator escocês, além de dar aos espectadores masculinos e femininos a esperança de que haja dois Ewan e duas Scarlett no mundo.
O fato de ter uma irmã gêmea não ajuda a atriz americana, de "Encontros e desencontros", a imaginar o que seria ter um clone. Scarlett afirma que sairia correndo.
- É uma idéia estranha para a qual não estou preparada - comenta.