As quatro sinfonias compostas por Johannes Brahms (1833-1897) serão apresentadas ao público pela Orquestra Sinfônica do Paraná durante o Ciclo das Sinfonias de Brahms, que acontece amanhã e dia 1.º de abril, às 17 horas, no Canal da Música. O encontro de amanhã terá a regência do maestro Alessandro Sangiorgi, que comanda a execução da "Sinfonia N.º 1 em Dó Menor, Op. 68" e da "Sinfonia n.º 4 em Mi Menor, Op. 98", a última criada pelo alemão. Na semana seguinte, a batuta passa à maestrina cubana Helena Herrera, que rege a "Sinfonia N.º 2 em Ré Maior, Op. 73" e a "Sinfonia N.º 3 em Fá Maior, Op.90".
"A Orquestra Sinfônica do Paraná começou muito bem este ano com a "9.ª Sinfonia", de Beethoven, que elevou o astral dos músicos. Eu notei desta vez e já havia percebido antes que, dependendo do repertório, a orquestra tem uma atuação mais ou menos marcante.", afirma Sangiorgi. Para manter o entusiasmo do grupo, foram escolhidas as obras de um dos três grandes "Bs" da música alemã (Beethoven, Bach e Brahms). "Interpretarmos Brahms é termos umas das mais bonitas sinfonias já escritas. O compositor representa, no imaginário dos músicos, as composições mais profundas. E que também podem ser apreciadas pelo grande público que não tem intimidade com as obras", comenta o maestro.
Brahms ficou reconhecido internacionalmente após compor o "Requiem Alemão", em 1868. A primeira audição completa da obra aconteceu em Bremen, sob a direção do próprio compositor, e foi um dos momentos de maior êxito na carreira do músico nascido em Hamburgo. Mesmo assim, o compositor demorou mais oito anos até escrever a primeira sinfonia. Hesitou por muito tempo antes de se arriscar, já que a grande admiração pelas composições de Bethoveen o intimidavam. Em 1876, finalmente, Brahms compôs a "Sinfonia N.º 1", recebida com entusiasmo pelo público e pela crítica.
A obra é, entre as compostas por Brahms, a que mais se aproxima da linguagem clássica. "No último movimento, é como se abrisse um raio de luz sobre algo que lembra, pelo ambiente, a 9.ª Sinfonia, de Beethoven como uma continuação. É uma sinfonia que começa de forma muito dramática e acaba muito solar", define Sangiorgi. "A Sinfonia N.º 4" não apresenta o mesmo impacto dramático da primeira. "O último movimento da quarta sinfonia é uma passagaglia, pela primeira vez usada em uma sinfonia. É um tema repetido em variações durante todo o movimento, cada vez tratado de uma forma diferente. É uma obra belíssima.", elogia o maestro.
Brahms viveu no início do período romântico e conseguiu aliar, às formas clássicas, os "ventos modernos" que passavam pelas artes então. A melancolia que colore o fundo de suas obras é reflexo dos ideais românticos. "Faz parte desse drama interior, da exaltação dos sentimentos, é conturbado", ressalta Sangiorgi.
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