• Carregando...

Na Itália da Segunda Guerra Mundial, uma esquadra de caçadores de minas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) sofre um ataque de pânico, perde uma posição importante e é forçada a estabelecer uma nova rota de salvação: abrir uma distante estrada cercada de minas. Esse é o mote de A Estrada 47, escrito e dirigido por Vicente Ferraz.

Contra todos os prognósticos patrióticos, a obra é um compêndio de rigor e equilíbrio emocional, muito distante dos filmes de guerra pautados por acontecências mirabolantes.

A Estrada 47 é sobre sobreviver e conseguir voltar para casa com alguma dignidade – em meio ao caos e às perdas de sentido.

Discreto

Sem maiores impressionismos, Ferraz constrói uma história em que as emoções são discretas e não há espetacularização da guerra, sobrando apenas o silêncio, o medo e o gelo. O inimigo não é desumanizado e a morte não é tratada como descarte. O que se agiganta é um tratado sobre as possibilidades de comunicação, apesar de tantas diferenças e tendência à violência.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]