• Carregando...
Marion Cotillard faz Marie, que não sabe quem deve amar | Divulgação
Marion Cotillard faz Marie, que não sabe quem deve amar| Foto: Divulgação

O drama francês Até a Eternidade, que estreia hoje no Cineplex Batel, faz lembrar o norte-americano O Reencontro (1983), mas só nas aparências. As quase três décadas que separam os dois filmes deslocam o foco da ação e do contorno de personagens.

O ator Guillaume Canet (A Praia) assina a direção e o roteiro dessa trama sobre um grupo de amigos que se reúne para férias à beira-mar, enquanto torcem pela recuperação de outro que está hospitalizado.

A primeira cena mostra Ludo (Jean Dujardin) saindo de uma balada e, antes mesmo do fim dos créditos iniciais, sua moto já está debaixo de um caminhão e ele no hospital. O acidente é um catalisador para o reencontro de um grupo de personagens que, apesar do acontecido, resolve manter as férias habituais na casa de um deles.

Custa um pouco para a trama entrar nos eixos, mas, aos poucos, os personagens mostram as suas caras, ganham identidade e a simpatia do público – especialmente porque não são clichês ambulantes, são gente de carne e osso, com medos, ansiedades, inseguranças e desejos. Não simbolizam uma virtude ou um defeito, mas conseguem reunir qualidades e falhas.

Há um clima de melancolia no ar, e não apenas por conta do acidente de Ludo, mas porque as pequenas derrotas que essas pessoas encontraram na vida parecem mais marcantes do que qualquer vitória.

Marie (Marion Cotillard) surge como uma mulher que tem dúvidas sobre o amor. Há uma harmonia no elenco que faz com que todos estejam no mesmo patamar – mesmo quando o filme trilha caminhos previsíveis, especialmente em sua resolução.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]