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Gafanhoto, no alto,  abre a mostra hoje à noite, com direção de Don Correa | Divulgação
Gafanhoto, no alto, abre a mostra hoje à noite, com direção de Don Correa| Foto: Divulgação

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Mostra de Dramaturgia Sesi – Teatro Guaíra 2013

Teatro José Maria Santos (R. Treze de Maio, 655), (41) 3322-7150. De 3 a 15 de dezembro, de terça-feira a domingo, em vários horários. Entrada franca. Leia críticas em www.gazetadopovo.com.br/cadernog.

  • Frenesi, de Raquel Schaedler
  • A equipe de coordenação do núcleo de dramaturgia: Anna Zétola (à esq.), do Sesi), Roberto Alvim, o produtor Diego Marchioro e a presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, Mônica Rischbieter

Depois de mais um ano de sala de aula, chegou a hora de os alunos do Núcleo de Dramaturgia do Sesi/PR mostrarem as peças que estão criando. A mostra do grupo começa hoje à noite, com o espetáculo Gafanhoto, com texto de Paulo Zwolinski e direção de Don Correa, às 20 horas, no Teatro José Maria Santos.

Em seguida, a atriz Georgette Fadel faz uma palestra em que abordará um pouco da peça de estreia e de sua experiência com o teatro pós-dramático (não baseado em diálogos nem numa narrativa com começo, meio e fim).

Gafanhoto tem como tema principal a morte. O texto fala de três figuras que se encontram numa casa de campo – numa situação terrível. Um doente terminal é atendido por sua mulher quando um invasor entra na casa, a violenta e mata, sem que o marido possa reagir.

"A ideia da invasão de gafanhotos numa plantação vem a calhar, porque são insetos que chegam, passam e vão embora, mas destróem tudo por onde passam", explicou Correa à Gazeta do Povo.

Diferentemente de outras peças escritas no núcleo, em que a narrativa é aberta e fica a cargo do espectador dar forma à história que está sendo contada, aqui o núcleo de ação é bem claro. Lado a lado com a violência, surge a sexualidade inconsciente: tanto a mulher que é violentada quanto o homem que se torna um voyeur involuntário sentem prazer com o ato. "É como se a peça fosse contada do ponto de vista da morte, que é a conjunção de vozes que integram o texto", acrescenta Correa. O resultado é descrito por Alvim como "inacreditável, uma obra-prima".

"Nata"

Nos outros 11 dias de mostra, que vai até o dia 15 de dezembro, será apresentada a "nata" da produção do núcleo. Na primeira semana ficaram concentrados os espetáculos com "nível de formalização estética mais maduro", trabalhos "exemplares de uma invenção radical", nas palavras de Alvim, que conversou com a reportagem. Na segunda, os textos também lembram a dramática "do transumano", que é a linha criada e desenvolvida por ele.

Dos quase 150 textos já escritos no núcleo nesses cinco anos de existência no Paraná, 16 encenadores, que também cursam o núcleo, na modalidade de direção, escolheram suas preferências, com supervisão do coordenador Roberto Alvim.

"Todos os textos têm em comum a tentativa de inventar sistemas cênicos novos, desconhecidos, que embaralhem as funções usuais da dramaturgia do drama clássico, como personagem e conflito. E isso forçou os encenadores a criar respostas cênicas da ordem da invenção."

Frenesi, de Raquel Schae­­dler, também aborda as facetas mais obscuras da sexualidade e suas pulsões e ditames culturais.

Em Coração de 29 Polegadas, as atrizes Fernanda Perondi e Moira Albuquerque encarnam um texto poético sobre o instante antes da morte e a antevisão da eternidade.

Palestras

Além de Georgette, que abre a série de debates hoje, o ator Luis Melo e o diretor Marcio Abreu fazem uma participação especial na mostra no dia 7, às 21 horas.

Outra iniciativa formativa do núcleo é a oficina de crítica que começa hoje, às 14 horas, no centro cultural Heitor Stockler, do Sesi. A ministrante será a jornalista Luciana Romagnolli. Outra atividade voltada à crítica será a publicação de resenhas dos espetáculos, escritas por Soraya Belusi e republicadas pela página on-line da Gazeta do Povo.

Agenda

Acompanhe dia a dia a programação da mostra:

Hoje

Gafanhoto, de Paulo Zwolinski, com direção de Don Correa: 20h

Bate-papo com Georgette Fadel: 21h

Amanhã

A Multidão num Mínimo Espaço de Fúria e Medo, de Alexandre França, com direção de Solange Rodrigues: 20h

Dia 5

Toraxx, com texto e direção de Jean Carlos de Godoi: 19h

Coração de 29 Polegadas, com texto e direção de Léo Moita: 21h

Dia 6

Histórias de Cachorros e Outros Animais, de Ana Johan, com direção de Talita Neves: 20h

Dia 7

Frenesi, com texto e direção de Raquel Schaedler: 20h

Bate-papo com Marcio Abreu e Luis Melo: 21h

Dia 8

Devastidão, de Andrew Knoll, com direção de David Mafra: 20h

Dia 10

Full Contakt, com texto e direção de Andrew Knoll: 19h

Asas da Boca, de Léo Moita, com direção de Murilo Cesca: 21h

Dia 11

Hipotermia, de Max Reinert, com direção de Gerson Delliano: 19h

Corte Pálido, de Andrew Knoll, com direção de Carolina Meinerz: 21h

Dia 12

Leitura de Eu Também, de Lucas Lassen, com direção de Lavínia Pannunzio: 19h

Again Agora e Ainda, de Carol Damião, com direção de Jean Carlos de Godoi: 21h

Dia 13

Leitura de Ensejos, de Kely Varella: 18h

Leitura de Tudo o Mais, de Teresa Borges: 19h

Inuma (Expansão I) Exuma (Expansão II), com texto e direção de Cynthia Becker: 21h

Louvores, de Cynthia Becker, com direção de Melissa Barbosa: 21h

Dia 14

Mar, com texto e direção de Alexandre Lautert: 18h

A Sopa, de Silvia Monteiro, com direção de Alex Wolf: 20h

Dia 15

Fim, de João Agner, com direção de Tiago Batista: 19h

Sete, de Dione Carlos, com direção de Thadeu Perone: 21h

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