No caminho dos dois até Washington, McClane descobre que o moleque ao seu lado tem mais importância do que imagina, e que os Estados Unidos estão muito próximos de entrarem em colapso. Todo o sistema de comunicação americano foi dominado por Thomas Gabriel (Timothy Olyphant, o traficante de "Go - Vamos nessa!"), fazendo com que os sistemas de transporte e financeiro fiquem nas mãos do bandido. Completamente avesso à tecnologia, McClane necessitará da ajuda e do conhecimento do jovem hacker para evitar que seu país mergulhe no caos e, mais importante, para salvar sua filha, Lucy (Mary Elizabeth Winstead, de "Grindhouse"), refém de Thomas.
Em uma época marcada por filmes para crianças e recheados de efeitos especiais, além de dominada pela praga do politicamente correto, é um verdadeiro alívio ver o anti-herói americano em uma produção totalmente old school, na qual imensos sets foram construídos (para serem destruídos logo depois).
As cenas de ação, magníficas, são encenadas de verdade, e deram muito trabalho aos dublês. O de Willis, por exemplo, chegou a atrasar a produção depois de quebrar diversos ossos da face, além dos dois punhos. Mais ainda, a criatividade empregada, através de seqüências inusitadamente geniais (como aquelas envolvendo um extintor de incêndio, um hidrante e uma viatura com helicóptero), não apenas reforçam que estamos diante de um filme de ação das antigas, como são tão esplendidamente realizadas que, paradoxalmente, reafirmam estarmos frente a um filme indiscutivelmente atual.
Para os fãs da série, há várias referências - principalmente - ao primeiríssimo "Duro de matar". Dutos de ventilação, elevadores, chão com cacos de vidro, além de diálogos auto-referentes, prestam um belo tributo à franquia e a seu melhor exemplar. Mas o melhor de tudo é que "Duro de matar 4.0" consegue rivalizar com o primeiro em suas doses de adrenalina, humor e tensão, em um filme que traz as melhores seqüências de ação dos últimos tempos.
Extremamente bem montado e dirigido, "Duro de matar 4.0" é um filme espetacular que, assim como o primeiro, pode vir a redefinir novamente o gênero ação no cinema. Para ser visto na tela grande, quantas vezes o bolso do espectador permitir.
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