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Walt Disney sempre foi atraído por personagens desajustados. Vários deles são rejeitados por aqueles a quem amam, ou de quem querem ser amigos. Um exemplo é "Dumbo".

"The smallest little elephant", o menor entre os pequenos elefantes do mundo, está para completar 70 anos. A animação de 1941, direção de Ben Sharpsteen, foi feita no galope para tentar recuperar as perdas do estúdio do velho Walt com a extravagância chamada "Fantasia".

Lançado um ano antes, o ambicioso projeto foi muito avançado para sua época e fracassou na bilheteria. Para fazer caixa, Disney recorreu ao elefantinho. Com "Dumbo", o estúdio alçou voo de novo.

Os 70 anos de "Dumbo" ganham lançamento especial - um DVD que, além do clássico, traz um monte de extras. Você sabe quem são Peter Docter e Andreas Deja. O diretor de "Up - Altas Aventuras" e o lendário animador fazem comentários em áudio sobre cenas selecionadas do filme. E existem os especiais - "Voando: Por Trás das Câmeras de Dumbo"; "A Magia de Dumbo", "O Design Sonoro de Dumbo". Um regalo - cenas inéditas, incluindo uma música, "Are You a Man or a Mouse?"

Vasculhando no baú da Disney seria possível, talvez, encontrar muito mais cenas inéditas. Afinal, "Dumbo" talvez seja a mais curta das grandes animações do estúdio. Tem apenas 64 minutos, meia hora a menos do que a média dos desenhos longos atuais (e alguns vão além de 90 ou 100 minutos). Essa concisão narrativa é um dos encantos do filme, ao qual especialistas aplicam adjetivos como 'charmoso' e 'sweetie' (docinho). Lee Unkrich, diretor de "Toy Story 3" é definitivo - a cena em que Dumbo visita sua mãe enjaulada possui, segundo ele, uma densidade emocional que raros dramas em live action alcançam na história do cinema. Unkrich está certo - e o filme dele também é muito bom, mas você terá de esperar até sexta-feira, na estreia, para confirmar.

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